É com preocupação e tristeza que assistimos à desfiliação do amigo Joaquim Jorge do Partido Socialista. Homem trabalhador, frontal, solidário, generoso e leal, com um pensamento organizado sobre as mais diversas áreas de intervenção política e dono de apurada capacidade e perspicácia de análise política, sempre pautou a sua intervenção cívica pela defesa e afirmação de causas e princípios de base humanista e da justiça social.Os meus votos são para que este momento de ruptura seja a antecâmara do incremento e intensificação da sua entrega às causas públicas, às causas dos que mais precisam, já que Joaquim Jorge é indubitavelmente, pela retórica e pela praxis, uma personalidade de referência no meio político nacional que o povo respeita e admira.
Nesta hora, pela amizade que nos une, só posso dizer:
Um grande abraço Joaquim Jorge. Força, vai em frente. Segue, como sempre, as tuas convicções!
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6 comentários:
Ainda bem que à gente que nunca fez nada pelo partido nem nunca foi socialista que abandonem o PS, este foi o primeiro mas à para muitos dr e prof. Doutores que irão brevemente fazer o mesmo senão lhes garantirem uns tachitos.
Estou para ver se o líder do PS-Maia vai manter o mesmo rigor e coerência que o caracteriza.
Não posso deixar de retorquir ao caro anónimo que, tanto quanto sei, JJ enquanto esteve no PS nunca se serviu dele, bem pelo contrário…
Quanto a quaisquer outros que tenha em mente cá estivemos, cá estamos e cá estaremos, sempre, Deus permita, para avaliar e agir em conformidade, tendo sempre presente que o PS não é um partido de pensamento único, felizmente!
Cabe aos militantes zelar pela qualificação da militância, premiar os mais generosos e capazes e punir os desajustados. Sendo certo que se a separação do trigo do joio não for feita internamente, fatalmente o povo a fará nas urnas!...
Quanto à liderança do PS Maia, afirmo-lhe que não chega nem é abonatório adoptar a postura cómoda e pouco corajosa de “esperar para ver” o comportamento, a acção de outrem. Mais valoroso é, se estamos em condições para isso, de ajudar activamente a que se criem circunstâncias para que a coerência e a justeza de alguém continue e não vacile. A este respeito asseguro-lhe que muitos (bastantes mais do que estou acostumado a ver…) estão a fazer o seu melhor.
Daí o desafio que aqui deixo: ASSUMIR E AGIR!
Escolhi este momento para me desvincular do partido socialista, sendo um período de aparente acalmia partidária depois das eleições nos Açores e eleições internas do PS, para não dar azo a interpretações díspares.
O meu afastamento progressivo há três anos a esta parte culmina, com a entrega do cartão de uma forma natural e com a progressiva interiorização deste acto sem dramatismo.
Actualmente a vida partidária não é aliciante e não me seduz. Saio sem azedume ou queixume.
A disciplina partidária e a vida interna do partido não se coadunam com o meu perfil, forma de ser e, de estar na vida.
Durante a minha curta actividade partidária criei laços de relacionamento e alguns de amizade com muitos socialistas : Manuel Alegre; Manuel Maria Carrilho; Helena Roseta; João Soares; Ana Gomes; Narciso Miranda; entre outros.
Era o militante nº 60.345, de base, sem actividade partidária, com as quotas em dia, tendo sido meu proponente, o actual Primeiro-Ministro José Sócrates, na altura Ministro do Ambiente do Governo de António Guterres.
Vou continuar com a minha actividade no Clube dos Pensadores, de uma forma livre, independente, sem espartilhos e continuar a «ousar pensar».
JOAQUIM JORGE
Biólogo / Fundador do Clube dos Pensadores
Como diz Karl Kraus , o anónimo faz-me lembrar uma frase : " Quando o Sol da cultura se encontra no ocaso , até os anões lançam sombra".
Para ti Hélder Ribeiro és um homem vertical e um Senhor à beira desta gentinha. Se um dia liderares algo , conta comigo , até para voltar ao PS . Aliás a minha separaração é amigável e sem questões.
Grande Abraço, Joaquim Jorge. Até um dia destes, por aí...
Até lá, Força, Sorte!
Quando li a mensagem do JJ esse ilustre vulto da cultura, que com as suas frustações se convenceu que era um intelectual, cita Karl Kraus, afirma-se amigo de ilustres socialista e até foi proposto militante pelo Socrates, aliás como outros que foram propostos por ex. ministros de saúde e outros, mas do que vale tudo isto se não passam de uns medrossos e sem caracter, como diz Nicolás guillén " Quando eu era rapaz havia gente grande e ingénua que se assustava com uma zaragata de rua ou com uma bravata de bêbados num bar."
São estes os ditos socialistas que interesses pessais se interpõem aos valores.
Para que as suas palavras possam ser tomadas a sério e lidas com atenção, convido-o, culto anónimo, a dar o exemplo, em relação a si próprio, daquilo que acusa os outros de não terem.
Mostre-se, assuma-se, dê a cara e, o mais importante, REALIZE. Nessa altura as suas palavras poderão servir de reflexão a outros que não a você mesmo. Espero, sinceramente, que as aproveite!
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