sábado, 28 de fevereiro de 2009

Independentes


Tenho para mim que na política ser independente é sinónimo de fazer parte. Só fazendo parte integrante é que posso intervir na construção da alternativa! Como é possível a um independente que não toma parte nas lutas e nas dores perceber a complexidade daquilo a que se propõe?
Ser militante de um partido com vocação de poder é um acto de coragem.
A erosão dos 35 anos de democracia partidária em Portugal tem tido como consequência muito desgaste e desgosto em gente séria e valiosa.
Só assim se percebe a muita desistência e acomodação.
Desta forma, facilitou-se a chegada e instalação no mundo dos partidos, de interesses obscuros, controlador dos processos, tantas vezes representada por gente brilhante e bonita, capaz de vomitar uma verborreia inconsistente com as práticas.
Estou convicto que é este controlo dos processos, com ligação aos grupos de interesse, a principal causa do sentimento generalizado de impotência em relação aos políticos e aos partidos.
No alinhamento deste ponto de vista é fácil aceitar a aproximação dos “independentes”.
Chegam limpinhos, sem promiscuidades partidárias.
A estes figurantes modelo de virtude, com capacidade maior de arrebanhar votos na terra onde são “Senhores Professores Doutores”, digo-vos não tenham vergonha de pertencer.
Os militantes não cheiram mal.
E não acreditem quando vos dizem que (no partido que desejam que vocês representem) não encontram ninguém com perfil tão valioso.
Ora, também existem aqueles (a maioria) independentes que por vicissitudes várias não renovam a militância, para não limitarem a abrangência da sua disponibilidade.
Entre manipulados e manipuladores não existe qualquer tipo de independência, nem liberdade.
Assim reclamo para mim / nós militante(s) a liberdade de escolher pertencer a um modelo de construção INDEPENDENTE.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Congresso Nacional do PS em Espinho

O XVI Congresso do PS começa hoje em Espinho. Alguma imprensa (e não só) quer fazer crer que as únicas questões em aberto são o possível anúncio do cabeça de lista socialista às eleições europeias e o tabu de Manuel Alegre sobre a sua presença!

Mas não são só essas! Muitos caminhos se cruzam e descruzam no PS, este fim-de-semana, à beira mar. Mesmo até algumas, muito importantes, que têm a ver directamente com a Maia...

Aguardemos serenamente!...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Quero é viver!...

Se a origem do Carnaval é controversa, o certo é que, apesar das dificuldades, o povo alegre faz dele uma festa bonita e inexplicável.

A folia, a alegria que a fantasia, a imaginação e a criatividade proporcionam ajudam a encarar as coisas de um modo diferente que, não raras vezes, simplifica e soluciona o que antes parecia complexo e difícil.

Então, aproveite-se este último dia de folia carnavalesco de 2009 com o conforto de que o que interessa é viver...

"Vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei,
quero é viver

Amanhã
espero sempre um amanhã
e acredito que será
mais um prazer

e a vida
é sempre uma curiosidade
que me desperta com a idade
interessa-me o que está para vir

a vida
em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir
encontrar, renovar, vou fugir ao repetir"

(António Variações)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Quem é o gostosão daki?...

Quem é o gostosão daqui?
Sou eu, sou eu, sou eu.

Vou te levar pra cama
Vou te deixar toda nua
Vou te morder, vou te lamber safada.
Você vai ficar tesuda
Vou te abraçar, vou de beijar.
Vou te deixar nas nuvens.
É loucura de amor
Eu sou força total
No sexo sou campeão
Vamos fazer amor

Quem é o gostosão daqui?
Sou eu, sou eu, sou eu.

Quem é o gostosão daqui?
Sou eu, sou eu, sou eu.

Quem é o gostosão daqui?
Sou eu, sou eu, sou eu.

(Jammil)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Capela de Santo António, Castelões

A capela de Santo António, na freguesia de Castelões, Famalicão, tem a porta voltada para o mar, situa-se à beira da estrada e, no silêncio, ouve-se o fio de água que goteja do prado circundante.










A cave, constituída por pedras enormes, alberga o vendeiro que, nos fins-de-semana, oferece aos devotos petiscos e pinga da região a troco de poucas moedas europeias.
Para anunciar ao povo a sua disponibilidade, dispõe o mordomo da confraria de potentes instalações sonoras por onde passam “a la diable” cantares que as emissoras não transmitem.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sr. Vereador Mário Nuno Neves

Em relação às ideias que expõe no artigo de opinião intitulado "O Pai, o Filho e o Espírito Santo”, publicado no jornal Primeira Mão, a 16 de Janeiro do corrente, apraz-me dirigir-lhe as seguintes considerações:

Espantosa lucidez!
Crítica competente!?

É assim, sem jeito, perplexo, depois de se ler o artigo do 1ª Mão.
Por que será?

Enquanto pessoa implicada no processo de construção das Políticas para o Concelho da Maia, o senhor devia acomodar algum recato e evidenciar mais respeito pelo Sagrado.

Fica-lhe bem, digo mesmo muito bem, o reconhecimento de inteligência para além da sua.

Digamos até que, se eu fosse o JCP, nos tempos mais próximos não caberia em mim de vaidade.

Assistir, por parte do mais lúcido dos adversários, ao elogio público de um modo de estar e fazer.

Não é todos os dias que acontece.
Mas…!

Pois é, Sr. Mário Nuno Neves, todos sabemos que o objecto da sua eloquência designa-se PS e o objectivo da sua intromissão é a liquidação do candidato Mário Gouveia.

Não é nova esta sua fixação {ver “PS Maia [Exmo.(s) Sr.(s) Vereador(es)]”}.

Tem medo de quê?

É em seu nome ou em nome da maioria que lidera informalmente que pretende desacreditar o PS Maia e o seu candidato?

Convenhamos, reduzir o PS Maia à imagem do mais ilustre dos seus figurantes e condicioná-lo ao pensamento único é uma perspectiva redutora.

Creio até que os militantes mais fervorosos da maioria não partilham desse jogo mesquinho que é maledicência.

Está a chegar o momento de ser avaliado e as velhas cumplicidades da Gestão Camarária são insustentáveis, não é verdade?

Qual é o vosso programa para um novo mandato?

Como é que vão minorar as dificuldades dos maiatos?

Não lhe parece mais útil e pertinente (enquanto Vereador desta maioria) – tendo em conta a sua “capacidade de avaliação, de percepção e de compreensão de processos” – instituir novos processos que impliquem as pessoas e instituições do concelho?

Tome como exemplo o projecto “Parque Maior”: não era possível redefinir os parâmetros e avançar com um concurso público de escolha do melhor dos projectos, envolvendo as escolas (entenda-se novas gerações) do concelho?

Tem razão, senhor vereador, a democracia é uma chatice e tirando meia dúzia de iluminados isto é uma cambada de incompetentes.

Parafraseando uma pessoa muito querida – “Não tem mais nada para fazer?”.

Panascas – Declaração de voto

Ser panasca faz parte da modernidade.

Quando eu era miúdo um roto assumido era uma aberração e normalmente um desajustado social.

Hoje é tudo muito diferente. A homo sexualidade é uma forma de afirmação da diferença.

Tão forte que a colocam a reclamar uma igualdade de direitos sociais, como o casamento e o ter filhos.

Eu sou democrata e aquilo que maioritariamente decidirem estabelecerá o conjunto das regras a que obedeço.

No entanto quero que saibam que ainda hoje não convivo muito bem com os paneleiros.

É verdade e até é possível que entre os meus amigos conte algum, mas a partir do momento em que isso passa a certeza, começa também a ironia. O respeito por ele enquanto igual cai abruptamente.

Por isso amigos e camaradas a minha posição é de votar contra a igualdade que esta anormalidade reclama, ainda que venha do interior do partido em que milito.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Parabéns Inês!

A Inês está, mais uma vez, de parabéns. Para além de, enquanto filha, ser o orgulho da mãe, é publicamente, de forma cada vez mais categórica, uma desportista que granjeia, dos seus concidadãos, crescente simpatia e admiração.

Como diria o dito popular: por detrás de uma grande menina está sempre uma grande mãe!... Por isso, parabéns, especialmente para ti, Maria Luísa Barreto.

Ganhou mais um troféu. Desta vez foi em representação da Federação Nacional de Karate Portugal (FNKP), no 36º Campeonato da Europa de Karate de Cadetes e Juniores e na 1ª Taça da Europa de Karate de Sub 21, que se realizou em França (Paris), de 30 de Janeiro a 1 de Fevereiro, no mítico Pavilhão de Pierre Coubertin.

Quem conhece a Inês, percebe qualquer coisita da modalidade e conhece a escola (Clube de Karate da Maia) bem como o seu responsável (António Moreira) onde diariamente treina, sabe bem que esta medalha é mais uma de muitas que ainda virão!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mário Gouveia, Candidato do PS à Câmara Municipal da Maia

Foi aprovado pela Comissão Política Concelhia da Maia do PS, com 75% de votos favoráveis, Mário José Gomes Gouveia como candidato à Câmara Municipal da Maia, nas próximas eleições autárquicas.

Mário Gouveia ocupa actualmente a presidência da Junta de Freguesia de Milheirós que conquistou com maioria absoluta nas últimas eleições. Uma vitória que adquiriu um significado emblemático já que ocorreu num dos bastiões do PSD, até então inexpugnável.

Transcreve-se, de seguida, a intervenção que produzi na citada reunião:

"As minhas primeiras palavras são para lembrar e dirigir um pensamento a três dos nossos camaradas que, não fosse a doença, hoje também cá estariam.

O Paivas Canhão, o Forte Ramos e o António Gonçalves.

Ambos lutam contra a doença com a mesma tenacidade e coragem que todos lhes reconhecemos nas lides políticas. Para eles um forte abraço e desejo de rápidas melhoras.

Camaradas,

Hoje estamos a viver e a protagonizar aqui um tempo de grande importância para o presente-futuro do PS Maia, em que nunca como agora, o nosso partido esteve tão vivo e tão plural.

Vivo, plural, coeso e forte.

Tão coeso e tão forte que está a ser cada vez mais capaz de pensar e agir por si;

Tão coeso e tão forte que, apesar de alguma hostilidade residual, tem sido capaz de gerar soluções de entendimento institucional, sem abandono das exigências democráticas que o PS reclama.

Estes são, tal como sempre ambicionamos, sinais evidentes de um Novo PS.

Um PS Maia para o qual contribuímos, com uma atitude responsável e construtiva, decisiva para a estabilização do poder na concelhia, garantimos uma credibilidade crescente. Neste modelo, faremos do PS uma referência temível aos olhos dos nossos adversários. Um PS Maia refrescado nos protagonistas e nas práticas.

Refrescado no sentido de:
· Acrescentado de novas lideranças;
· De novos militantes;
· E de respeito por todos os militantes: dignificando-os e, sempre que possível, implicando-os na mobilização e valorização das respostas que temos para dar aos desafios do nosso tempo.

Com a necessária humildade, vamos aprender mais e assim trabalhar e interagir com quem tem mais experiência acumulada. Sem vergonha de defender e enaltecer a história do PS Maia e quem a protagonizou.

Meritoriamente vamos agregar e federar a diversidade de pontos de vista, privilegiando o que nos une em desfavor do que nos divide.

É assim camaradas, sem falsas modéstias, por ser um modo consistente de encerrar um patamar de realização, onde fui (fomos) arquitecto e obreiro, que proponho a aclamação do Mário Gouveia como o candidato do PS à Câmara Municipal da Maia, nas autárquicas de 2009.

Esta Comissão tem motivos para celebrar porque apresenta:

Um militante da Concelhia, ganhador e com provas dadas, com competência política e capacidade de realização, portador de um enorme capital de expectativa.

É bem sabido, aliás como já tenho referido, que o PS Maia tem, efectivamente no seu seio, suficiente massa crítica para poder apresentar quadros capazes e credíveis, que corporizem uma alternativa socialista de que o nosso concelho tanto precisa.

É nessa Visão que continuaremos focados. Continuar a construir um PS Maia, continuar a construir um projecto autárquico e uma candidatura inclusiva, que valorize o mérito, que não só respeite a tese e a antítese mas que, sobretudo, estimule a síntese.

Dito de outra forma, queremos um PS Maia não só plural mas também capaz de valorizar o que de melhor cada um dos seus militantes tenha para lhe dar. Queremos um PS Maia saudável e equilibrado, capaz de dizer sim e de dizer não.

Hoje, pelo PS e pela Maia, é um momento para se dizer

Sim!"

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Zé Povinho

Logo que entrei na Central de Camionagem, vi aproximar-se da saída a carreira para Famalicão. Fiz-lhe alta, tendo o motorista respondido com gesto manual de “good bye”.

Verifiquei, porém, que a mesma carreira parou a cerca de 30 metros da saída.

Corri então tanto quanto permitiam o trânsito, a bengala que usava, os 80 anos de idade/peso e o espesso tapete de neve que, copiosamente, caía sobre a cidade-berço. Quando já estava a par do autocarro em posição de ser visto pelo motorista através do espelho retrovisor direito, a porta fechou-se e ouvi o barulho de aceleração do motor.

Regressei à Central, onde não vi funcionário no gabinete vidrado de atendimento; fora as colunas numeradas não encontrei qualquer letreiro de indicações de destino ou horário, nem ouvi informações de partida/chegada por instalações sonoras.

A título de curiosidade, acrescento que a cena ocorreu pelas 11h07 de 2009.01.09 e a camioneta da Arriva era 401.