terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Cineclube da Maia

Data/Hora: 27 de Fevereiro de 2010, 21h30

Preço: 3€ normal 1,20€ sócio

Filme: O Despertar da Mente (Eternal Sunshine of the Spotless Mind)
Realização: Michel Gondry
Argumento: Charlie Kaufman, Michel Gondry e Pierre Bismuth
Com: Jim Carrey, Kate Winslet, Kirsten Dunst, Elijah Wood, Mark Ruffalo, Tom Wilkinson
Óscares 2005: Melhor Argumento Original, Melhor Actriz Principal
Estados Unidos 2004 108’ cor 1.85 Dolby Digital

Sinopse:
Joel e Clementine eram um casal pouco feliz, talvez há demasiado tempo ou demasiadas vezes ou simplesmente demasiado. O suficiente para Clementine procurar apagar da memória tudo o que se passou, literalmente, desde o mais vulgar objecto à constante lembrança de um nome. O ressentimento de Joel leva-o a submeter-se ao mesmo, dando início ao estranho tratamento.
Numa noite, assiste em tempo real ao esfumar da própria memória, a tudo o que está a perder. E tudo aquilo é demasiado importante para ser esquecido. É como desistir da melhor das lembranças e de toda a esperança de poder guardá-la melhor, ou voltar a vivê-la.

Concerto por Eurico Sá Fernandes, Pedro Santas e João Meirinhos antecedendo a projecção

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Contar carneirinhos...

Para os que acreditam que contar carneirinhos é um bom remédio para adormecer, desenganem-se!
Um estudo recentemente realizado pela Universidade de Oxford, com pessoas que sofrem de insónia, concluiu que as que contaram carneirinhos não adormeceram mais depressa do que as que não usaram nenhuma orientação.
De acordo com o estudo, publicado na Behavior Research and Therapy, o comportamento que se revelou mais eficaz foi os participantes imaginarem paisagens relaxantes.
Os resultados fazem crer que contar carneirinhos é demasiado fastidioso e monótono de se fazer por muito tempo.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

só se «morrer»

A respeito das duplas candidaturas de Elisa Ferreira e Ana Gomes, à presidência de autarquias e a eurodeputadas, na edição digital do Portugal Diário, de 14/5/2009,às 23:38h, do separador Política constava:

"Europeias: candidatos «faz-de-conta» aquecem debate
Paulo Rangel afirma que só se «morrer» é que não cumpre o mandato europeu"
Sem comentários!...

Nós tomamos partido!

Pela democracia, nós tomamos partido


Vivemos tempos que impõem uma tomada de posição. O que se está a passar em Portugal representa uma completa subversão do regime democrático. Os sinais avolumam-se diariamente e procuram criar as condições para impor ao país uma solução rejeitada nas urnas pelos portugueses.

Com base numa suposta preocupação com a «liberdade de expressão», que não está nem nunca esteve em causa, um conjunto de pessoas tem fomentado a prática de actos nada dignos, ao mesmo tempo que pulverizam direitos, liberdades e garantias. É preciso recordar: à Justiça o que é da Justiça, à Política o que é da Política.

Num País, como o nosso, em que os meios de comunicação social são livres e independentes, parte da imprensa desencadeou uma campanha brutal contra um Primeiro-Ministro eleito, violando a deontologia jornalística, as regras do equilíbrio democrático e as bases em que assenta um Estado de Direito, em particular o sistema de justiça. Reconhecemos, e verifica-se, uma campanha diária, sistemática e devidamente organizada, que corresponde a uma agenda política contrária ao PS e que se dissolve tacticamente na defesa de uma suposta liberdade cujos autores são os primeiros a desrespeitar.

Não aceitamos ser instrumentalizados por quem pretende que um Primeiro-Ministro seja constituído arguido nas páginas dos jornais, tal como já aconteceu noutras ocasiões num passado recente, alimentando um chocante julgamento popular que tem por base a violação dos direitos individuais e a construção de uma tese baseada em factos aleatórios, suspeições e vinganças pessoais.

Defendemos o interesse público e o sistema democrático para lá de qualquer agenda partidária. Os primeiros signatários são militantes do PS mas redigem este manifesto na qualidade de democratas sem reservas, abrindo-o a todos os portugueses que queiram associar-se a um repúdio público pelo que se está a passar. Recusamos esta progressiva degenerescência das regras do Estado de Direito e não aceitamos que se procure derrotar por meios nada lícitos um Governo eleito pelos portugueses, nem tão pouco que se procure substituir o sistema de Justiça por um sistema de julgamento mediático.

Pela democracia e pelo respeito da vontade popular, nós tomamos partido.

Os primeiros signatários,

Tiago Barbosa Ribeiro e Carlos Manuel Castro

t.b.ribeiro@sapo.pt palavraberta@gmail.com
Porto e Lisboa, 13 de Fevereiro de 2010

Assine o Manifesto

domingo, 14 de fevereiro de 2010

"Jogada de antecipação" da câmara leva à extinção da parceria Parque Maior



Não tenho intenção de me debruçar sobre as: "Jogadas de antecipação" do executivo camarário, porque isso representaria uma ocupação a tempo inteiro com recurso a horas extra.

Pretendo sobre esta noticia do 1ª Mão partilhar dúvidas e tecer algumas considerações:


  • Não acredito em jogadas de antecipação com mais valias no valor de um milhão de euros, por desistência de uma das partes, em particular quando se está próximo de um processo de insolvência. A Miguel Rico & Associados liberta as garantias dadas pelos parceiros antes de um processo de penhora, a troco de quê? A penhora quando cair se não encontrar os bens (terrenos dados pela camara para viabilizar o projecto), vai onerar a responsabilidade das garantias pessoais dos seus acionistas, será que são ininputáveis?
  • Esta noticia revela o descaramento e "show off" da equipa governativa, que anda à anos a prometer à Maia coisas que não consegue realizar. O choque de realidade vem sempre em tempo oportuno e de preferência embrulhado em novas promessas. Desgastado e inoperante o executivo vai-se arrastar ao ao fim do mandato em tretas e equivocos.
  • Quanto ao PS Maia, esta noticia coloca aos olhos de todos a desorientação dos veradores eleitos, perante tamanha oportunidade de desmistificar tão grande barrete e tornar publico as verdadeiras causas e os custos desta falência, o primeiro vereador e ainda Presidente da Concelhia do PS Maia com os seus pares optaram por branquear a situação ao votar ao lado da maioria.
  • Resta-me agradecer à JS a memória e a indignação.
República 2010

Após 100 anos de República em Portugal, o País progrediu muito em matéria de desenvolvimento económico e social.
Com golpes de baioneta, este País recebeu os fundamentos matriciais da contemporaneidade: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Com a Constituição de 1822, Portugal consagrou os fundamentos do direito político e desenhou juridicamente a democracia.
No mapa cor-de-rosa (Ultimatum Inglês) da nossa impotência iniciou-se a revolta que implementou o novo regime, que agora faz cem anos e marcou a história a ferro e fogo, na dor e na angústia de um Portugal melhor.
Agora que o poder já não é hereditário e o Império se foi, onde as instituições da organização administrativa política, militar e judicial, saídas da “renovação dos votos” em 1974 (apesar das vicissitudes), para uma democracia sólida ao nível da liberdade, torna-se fundamental para a realização do projecto Republicano, que este povo reivindique a Igualdade e a Fraternidade, ciclicamente roubadas por crises ondulatórias ao serviço de interesses mais ou menos obscuros da ganhunça.

Não defendo para o projecto Republicano e Socialista qualquer tipo de puritanismo e não embarco nas tretas de quem não trabalha não come.
Aceito com naturalidade contribuir com os meus impostos para os rendimentos de solidariedade, para os subsídios de desemprego e para os fundos de pensão.
Orgulho-me da igualdade de oportunidade na educação, mas não entendo a escolaridade obrigatória do Estado.
Na saúde é louvável o esforço para chegar a todos e onde a conjugação entre privado e público alarga a solução.
No trabalho lamento a degradação dos direitos e a desumanização de custos elevadíssimos ao nível da saúde mental e da qualidade de vida dos trabalhadores.
Na justiça, um dos pilares fundamentais da nossa democracia, confundiram-se os valores com a inversão das prioridades, valorizaram-se excessivamente as questões processuais, e burocratizou-se até à paralisia, verdadeiro nó górdio.
Na segurança instalou-se o medo da acção inoperante (para quê correr riscos se depois a justiça não os condena).
Na política perdeu-se o sonho e na cidadania reina o desencanto.

É evidente que a culpa ultima cai sempre na liderança politica do momento, mas todos sabemos que as causas são mais profundas e largas.
Os sinais de desorientação da nossa República Democrática são muitos e visíveis, e o mais recente é a aliança contra natura de todos os partidos da oposição parlamentar em torno de uma questão menor.
O tempo pede coragem e sacrifício é verdade, mas também é verdade que o campo onde se faz e a quem continuamente se pede o maior esforço está esgotado.
A antiga classe média (comercio, serviços e pequena industria) muitas vezes designada burguesia está exaurida, e a nova classe média burguesa (médicos, professores, juízes, militares e quadros de empresas de capital publico) que vive na dependência do Estado afirma-se de forma continuada, intransigente e reivindicativa.
Parece-me inteiramente legítimo e justo que se tomem medidas como por exemplo, a imposição de um tecto salarial.
Se é obsceno que a banca apresente lucros desmedidos, não é menos obsceno que se paguem ordenados e pensões de reforma superiores ao ordenado do Presidente da Republica.
Apesar de tudo VIVA A REPÚBLICA.


António Espojeira