quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Mário Gouveia - O Candidato do PS Maia

O PS Maia é inequívoco na convicção de quem deve liderar o projecto do PS nas próximas eleições autárquicas de 2009.

Acredito que os maiatos também aprovarão essa convicção!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

" ... Depois, que as respostas para a crise são.... "

O ANO EM QUE TUDO ACONTECEU – DN 26DEZ2008 - Mário Soares
1 . O ano de 2008 está a chegar ao fim e não deixa saudades. Foi o ano em que se desencadeou a grande crise global - melhor dito, as várias crises: financeira, económica, energética, ambiental, alimentar e, a pior de todas, político-moral ou crise de valores -, o ano em que houve múltiplas catástrofes naturais e conflitos terrenos: no Oriente Médio, onde tudo se agravou; em África, no Zimbabwe, especialmente, onde Mugabe está a dar cabo de um país em cólera, em sentido médico e político, sem que a comunidade internacional ouse intervir para pôr fim ao genocídio, dada a cumplicidade culposa de africanos e outros; entre a Índia e o Paquistão; no Afeganistão, cuja situação se anuncia pior do que no Iraque, com o agravamento do terrorismo em rede, cada vez mais sofisticado e actuante, bem como com as acções de pirataria ao largo da costa da Somália... E, contudo, o ano de 2008 também nos trouxe coisas boas. Acima de todas a vitória esmagadora de Barack Obama e a contagiosa onda de dinamismo que desencadeou em favor de uma mudança profunda na América e no mundo. Mudança de políticas (internas e externas), de desígnios, de objectivos afirmados, que valem como promessas e que mobilizaram a juventude, a inteligentzia, os centros científicos, as universidades, o universo do cinema, das artes e da cultura, tendo lançado o Partido Democrático, numa fase de intensa renovação criativa e influenciado profundamente a sociedade americana, incluindo o Partido Republicano, no que tem de melhor.Claro que Obama, antes mesmo de tomar posse, se transformou rapidamente num mito - um novo Roosevelt - para os americanos e para os não americanos. As dificuldades com que já está confrontado são tremendas e, obviamente, não pode fazer milagres. A crise vai levar tempo a vencer, assim como a paz no Médio Oriente, especialmente no Afeganistão (onde os invasores sempre perderam) e contra o terrorismo global, que tem vindo a atacar outras regiões, para além do Ocidente.No entanto, há um vento de esperança que sopra da nova América, que inicia um caminho seguramente muito diferente, a partir de 20 de Janeiro de 2009. Um vento contagiante para a União Europeia e para outras regiões do vasto mundo, que pressionam a voltar ao multilateralismo, ao respeito por todas as culturas e religiões, ao diálogo com o que é diferente, para assegurar a paz, ao plurirracialismo e, numa palavra, aos Direitos Humanos, tal como foram expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, que em 10 de Dezembro último comemorou 60 anos.O modelo económico-financeiro vai mudar - está mesmo no epicentro da mudança - após o descrédito total do neoliberalismo. Como muitas outras coisas - como a teoria de menos Estado, da "teologização do mercado" e a teoria da supremacia do economicismo sobre a política. Por isso escrevi, num artigo que publiquei no El País, em 17 de Dezembro de 2007, intitulado: "2008 - Um Ano de Viragem". E não me enganei. Tenciono, de resto, transcrevê-lo em livro que publicarei no ano que entra (2009), juntamente com outros artigos, conferências, textos e intervenções que fiz em 2008.2. Os sapatos da ira. Bush resolveu - triste ideia! - fazer uma viagem de despedida ao Iraque. Parece não ter compreendido ainda o mal que fez - e os crimes que em seu nome se cometeram - com a invasão unilateral do Iraque, à margem das Nações Unidas, sem qualquer respeito pelos Direitos Humanos e invocando falsos pretextos, o que se demonstrou depois. Uma desgraça em termos globais que marcou para sempre os seus mandatos presidenciais. Como diz o nosso povo: "O pior cego é aquele que não quer ver."Talvez julgasse que iria ser recebido com flores, como um libertador em triunfo. Para isso deve ter imaginado um cenário televisivo, ultra-apologético e ultradispendioso, controlado por uma multidão de seguranças. Mas o tiro saiu-lhe pela culatra. A tragédia terminou em farsa. No momento em que fazia a conferência final de imprensa - que devia ser uma apoteose - deu-se o impensável: um jornalista atirou-lhe dois sapatos à cara (o gesto mais desprezível que se pode fazer a alguém, no mundo árabe, segundo dizem). Só não lhe acertaram em cheio na cara, porque Bush, como se viu nas televisões do mundo inteiro, demonstrou bons reflexos e sentido de esquiva, escondendo-se debaixo do púlpito em que falava.Imagine-se em que estado físico terá ficado o jornalista, face ao "tratamento" que lhe foi dado pelos seguranças, em fúria. Bush, quando se recompôs, disse uma graçola de mau gosto e mostrou algum fair play. Disse que os sapatos não eram do seu número. Da sua viagem ao Iraque - que não deve ter custado pouco ao erário americano - foi o que ficou...3. A crise global aprofunda-se na Europa. O ano de 2009 em que vamos entrar vai ser muito difícil. A América, centro da crise, e sua primeira responsável, vai, apesar de tudo, sair das dificuldades primeiro do que a União Europeia, porque terá, como já estamos a ver, uma estratégia única para a vencer, enquanto a União Europeia não tem uma estratégia coordenada. Tem várias, consoante os países, em que cada um trata de si, o que representa exactamente o contrário do que deveria fazer uma verdadeira União.A esse propósito, permito-me aconselhar os meus eventuais leitores a lerem a lúcida e muito informada entrevista que o governador do Banco de Espanha, Fernandez Ordonez, deu ao El País no domingo último (dia 21). Que diz ele?Que a crise é gravíssima, pior do que a de 1929, e sem qualquer paralelo com qualquer das que se seguiram.Porquê? Porque ninguém, escapa à paralisia. "Os consumidores não consomem, os empresários não contratam, os investidores não investem e os bancos não emprestam." E acrescenta: "A crise que estamos vivendo tem dimensões históricas e características globais. Tem uma dimensão enorme. A desconfiança é total. O mercado inter-bancário não funciona e gera circuitos viciosos. Os bancos não se fiam neles mesmos e, assim, a crise pode alargar-se para além de princípios de 2010."Um veredicto muito sério e realista que está a afligir os maiores países europeus e não só. As pequenas e médias empresas em especial, que geram desemprego em cadeia, são o mais grave de tudo.4. E Portugal? Há que reconhecer que não está ainda na situação dificílima de Espanha. Mas vai lá chegar, infelizmente. Não tenhamos ilusões, porque isso é inevitável. Que devemos fazer então? Em primeiro lugar, assumir que o ataque à crise é uma prioridade absolutamente nacional, embora tenha vindo de fora. Assim, todos os portugueses, e o Governo, em especial, devem assumir-se como tal, numa postura nacional, mesmo num ano - 2009 - politicamente complexo, marcado por três eleições sucessivas: europeias, autárquicas e legislativas. Depois, que as respostas para a crise são, em primeiro lugar, sociais e, portanto, predominantemente de esquerda, isto é: socorrer prioritariamente os mais desfavorecidos, os desempregados, os imigrantes, as pequenas e médias empresas.Para tanto, é preciso dialogar com eles e, sobretudo, ouvi-los, com espírito de solidariedade.É óbvio que o Governo não pode deixar que os bancos cessem pagamentos ou entrem em falência. Na medida do possível, é claro. Mas o processo de entrega de milhões aos bancos tem de ser absolutamente transparente e bem explicado aos portugueses. Para os convencer de que a entrega do dinheiro não serve para salvar os prevaricadores - que não devem ficar impunes -, mas tão-só para reavivar a economia real e evitar a paralisia. Nesse sentido, o governador do Banco de Portugal, Victor Constâncio, com a sua autoridade e competência, devia seguir o corajoso exemplo do governador do Banco de Espanha e falar aos portugueses para os convencer da necessidade de dar uma resposta nacional à crise, a pior que conhecemos, desde há muitas décadas.Para tanto o diálogo e a solidariedade institucional e interpartidária, com sindicatos, as diferentes associações de classe e com os cidadãos, em geral, devem constituir uma prioridade absoluta - e permanente - do Governo, ainda que precise de engolir alguns sapos, se quiser ser visto como verdadeiramente nacional, como a crítica situação em que estamos parece exigir.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

S16 - Sapato Voador - A Arma da humilhação

O presidente da maior potência mundial foi ameaçado por um par de sapatos, provavelmente "made in china".

O gesto de praticado pelo é repórter é condenável pelo acto de violência, mas é mais grave o significado do mesmo de humilhação para o Presidente, para o Povo Americano e para os homens da sua segurança.

Em suma, tanto armamento em sistemas de defesa e afinal o presidente americano está ao alcance de uma "chinelada"

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

E ainda...

Devido à melhoria das condições de aplicação do modelo de avaliação do desempenho docente que o Ministério da Educação tem realizado, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues assinou um despacho que determina que cada professor avaliador passa a ter uma hora semanal para avaliação de três docentes, reduzindo assim dos anteriores quatro.

Na aplicação desta medida, ou sempre que seja necessário alargar o direito a redução de componente lectiva, deve assegurar-se, sempre que possível, a manutenção do professor com a suas turmas, recorrendo, nestes casos, ao serviço docente extraordinário (ver artigo 83.º do Estatuto da Carreira Docente).
Em todo o caso, recomenda-se a leitura do despacho aqui

Ainda sobre a Avaliação dos Professores...

Os ministérios da Educação e das Finanças e da Administração Pública clarificaram a que grupos de docentes se aplicam as quotas definidas e garantiram a possibilidade de atribuição de pelo menos uma menção de Muito Bom e uma de Excelente, independentemente da dimensão do grupo ao qual elas são aplicadas, através de uma alteração do Despacho conjunto n.º 20131/2008, de 30 de Julho.

As quotas aplicam-se apenas na atribuição das menções qualitativas de Muito Bom e de Excelente, com o objectivo de distinguir, de forma qualitativa, o mérito dos professores, por referência ao universo em que se inserem.

Está garantido que a progressão na carreira de todos os professores não é afectada, uma vez que a classificação de Bom, para a qual não existem quotas, assegura as condições exigidas para progredir.

Assim, a aplicação das quotas garante que:

* os diferentes grupos de professores não concorrem entre si no acesso às classificações sujeitas a quotas, uma vez que as percentagens definidas são aplicadas separadamente a cada um dos seguintes universos: membros da Comissão de Avaliação; coordenadores de Departamento Curricular ou dos Conselhos de Docentes; professores titulares avaliadores (providos em concurso ou nomeados em comissão de serviço); professores titulares sem funções de avaliação; professores; e docentes contratados;

* em cada grupo de docentes, possa ser sempre atribuída pelo menos uma menção qualitativa de Muito Bom e uma de Excelente, independentemente da dimensão do grupo de avaliados, uma vez que os arredondamentos são sempre efectuados por excesso;

* quando não exista nenhum avaliado com classificação correspondente a Excelente, a quota prevista para esta classificação pode acrescer à quota da menção Muito Bom.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Desmistificação da Avaliação de Desempenho dos Professores

Mito 1 – É um processo muito pesado e burocrático.

Não. Os professores avaliados, cerca de 70% do total de professores, apenas intervêm no processo na definição dos seus objectivos individuais e na auto-avaliação. A definição dos objectivos, que inicia o processo de avaliação, segue as orientações de cada escola e é um processo semelhante ao adoptado em todas as organizações. É em função destes objectivos que cada avaliado preenche, no fim do ciclo avaliativo, a ficha de auto-avaliação. Os professores avaliadores têm um volume de trabalho maior, motivo pelo qual lhes foram atribuídas condições especiais de horário.

Mito 2 – A avaliação impede os professores de darem aulas.


Não, uma vez que os professores avaliados têm intervenções pontuais no processo, e os horários dos professores avaliadores já integram, regra geral, as horas necessárias ao exercício das actividades de avaliação. Além disso, eventuais necessidades adicionais de redução de horário, na sequência das recentes medidas de simplificação da aplicação do modelo de avaliação, poderão ser ultrapassadas por recurso ao pagamento de horas extraordinárias, de forma a evitar que os professores abandonem as suas turmas.

Mito 3 – O modelo de avaliação de desempenho docente não é exequível.

O modelo de avaliação está a ser aplicado em muitas escolas e milhares de professores já desenvolveram, no corrente ano lectivo, actividades associadas à concretização da avaliação. No entanto, face a dificuldades identificadas por escolas e professores, foram tomadas medidas que visam a melhoria das condições de concretização da avaliação.

Mito 4 – Os professores têm que organizar um portefólio exaustivo e complexo.

Não. A escola apenas deverá requerer que o professor reúna elementos decorrentes do exercício da sua profissão que não constem dos registos e dos sistemas de informação da escola e que sejam relevantes para a avaliação do seu desempenho. Aliás, no modelo de avaliação anterior, todos os professores já tinham de organizar um portefólio para poderem ser avaliados, constituindo este (juntamente com o relatório crítico de auto-avaliação) o único instrumento de avaliação.

Mito 5 – As escolas têm que registar o desempenho dos avaliados em instrumentos complexos.

Os instrumentos de registo de informação e indicadores de medida são definidos e elaborados nas escolas, no quadro da sua autonomia, devendo estes ser simples e claros. Nos casos em que tenham sido definidos procedimentos e instrumentos demasiado complexos, as direcções executivas das escolas devem garantir a sua simplificação, estando o Ministério da Educação a apoiar este trabalho junto de todas as escolas.

Mito 6 – Os professores avaliam-se uns aos outros.

A avaliação de desempenho docente é feita no interior da cada escola, sendo avaliadores os membros do órgão executivo e os professores coordenadores de departamento, que exercem funções de chefias intermédias. Não se trata, pois, de pares que se avaliam uns aos outros, mas de professores mais experientes, investidos de um estatuto específico, que lhes foi conferido pelo exercício de um poder hierárquico ou pela nomeação na categoria de professor titular.

Mito 7 – Os professores titulares não são competentes para avaliar.
Acederam à categoria de professor titular, numa primeira fase, aqueles que cumpriam critérios de experiência profissional, formação e habilitações considerados fundamentais para o exercício de funções de maior complexidade, como sejam a coordenação do trabalho, o apoio e orientação dos restantes docentes e a avaliação de desempenho. Assim, não é compreensível nem sustentável a ideia de que os cerca de 35 000 professores titulares que existem actualmente, seleccionados, por concurso, de entre os professores mais experientes, não tenham as competências necessárias ao exercício da função de avaliador.

Mito 8 – Avaliados e avaliadores competem pelas mesmas quotas.
Não. As percentagens definidas para a atribuição das menções qualitativas de Excelente e Muito Bom, em cada escola, são aplicadas separadamente aos diferentes grupos de docentes. Está assim, assegurada a atribuição separada de quotas a avaliadores e avaliados.

Mito 9 – A estruturação na carreira impede os professores de progredir.
Não. Todos aqueles que obtiverem a classificação de Bom (para a qual não existem quotas) podem progredir na carreira. Para além disso, é importante referir que, neste primeiro ciclo avaliativo, os efeitos de eventuais classificações negativas ficam condicionados ao resultado de uma avaliação a realizar no ciclo avaliativo seguinte. Ou seja, uma classificação negativa só terá consequências na carreira se for confirmada na avaliação seguinte.

Mito 10 – A avaliação de desempenho é injusta e prejudica os professores.

Este modelo não prejudica os professores, assegurando as condições para a progressão normal na carreira, incluindo o acesso à categoria de professor titular, para quem atinja a classificação de Bom, para a qual não existem quotas. Neste período transitório existe uma protecção adicional para os professores, que decorre da não aplicação de efeitos das classificações negativas. É, assim, mais vantajoso que o sistema em vigor para a administração pública.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Dias Loureiro a nu e Cavaco despido. Para quem não lê o expresso

"
Carta a um homem inteligente, meticuloso e cuidadoso

Manuel Dias Loureiro é, indiscutivelmente, um homem inteligente, trabalhador e competente. Por isso se tornou um dos mais importantes militantes do PSD, chegando a secretário-geral dos sociais-democratas. Por isso se tornou um pilar do chamado cavaquismo, exercendo bem os cargos político-ministeriais que ocupou. Por isso, após ter abandonado a política, se tornou num homem de negócios de sucesso. Rico, no dizer de alguns. Com uma vida confortável, segundo o próprio.
Ninguém consegue uma carreira assim sem ser meticuloso e cuidadoso: no primeiro caso tomando nota de todos os factos que possam vir a ser relevantes para esclarecer o passado ou iluminar o futuro; no segundo escolhendo as companhias que permitam chegar ao topo da montanha.
No caso do Banco Português de Negócios, Dias Loureiro diz certamente a verdade - a sua verdade. Mas há factos que, pelo menos, a contraditam. Vejamos.
Em Março de 2001, a revista 'Exame', dirigida pelo jornalista Camilo Lourenço, publica em manchete a notícia de que o Banco de Portugal tinha passado um cartão amarelo ao BPN. Dias Loureiro diz ter ficado muito incomodado e pedido explicações ao presidente da instituição, Oliveira Costa. Este terá respondido que eram notícias infundadas, originadas por invejas. Mas, se ficou incomodado, Dias Loureiro não o disse a Camilo Lourenço. Pelo contrário, segundo a versão do jornalista,, telefonou-lhe a dar conta do seu desagrado pelo forma como o BPN tinha sido tratado; a dizer-lhe que o assunto tinha criado um problema de imagem ao banco; que Oliveira Costa estava muito "incomodado" e pensava processar a revista (o que fez, tendo esta de pagar milhares de euros num acordo extrajudicial). Primeira contradição.
Na sequência do artigo, Dias Loureiro insiste que ficou tão preocupado que decidiu ir ao Banco de Portugal em 29 de Abril de 2001 (notável precisão!), num encontro intermediado por Miguel Beleza, para falar com o vice-governador António Marta, responsável pela supervisão. Objectivo: pedir-lhe que, embora sem ter conhecimento de nada, "tivesse uma atenção especial ao BPN", já que o modelo de gestão do banco não lhe inspirava confiança e havia accionistas que sentia que faziam negócios com a instituição.
Como é conhecido, António Marta desmente de forma peremptória ("ou está a fazer confusão com a pessoa ou a mentir"), sustentando que o que Dias Loureiro lhe foi perguntar é porque o Banco de Portugal andava tão atento ao BPN, além de afirmar que as pessoas à frente do banco eram tudo "boa gente". Segunda contradição.
Mas para quem estava tão preocupado com a falta de transparência da gestão do banco (queixa-se que Oliveira Costa fazia poucas reuniões, não falava com ele e não havia actas), Dias Loureiro fez pouco. Como jurista, sabe que as sociedades são obrigadas a reunir o conselho de administração e a fazer actas das suas reuniões. Desses factos concretos, que se saiba, não apresentou queixa ao Banco de Portugal. Terceira contradição.
Mais extraordinário é que nesse mesmo ano da graça de 2001 o próprio Dias Loureiro tenha apresentado a Oliveira Costa o empresário porto-riquenho Hector Hoyos; que tenha sido o próprio Dias Loureiro a sugerir a Oliveira Costa a aquisição de duas empresas tecnológicas de Porto Rico, pertença daquele empresário; que as negociações tenham decorrido na casa de Dias Loureiro, no Estoril; que após o acordo sobre o negócio, envolvendo 71,25 milhões, Dias Loureiro e Oliveira Costa se tenham deslocado a Porto Rico para o concretizar; que os dois tenham constatado que nenhuma das empresa tinha activos tangíveis, a não ser um escritório em San Juan de Porto Rico, que fechou poucos meses depois; e que o dinheiro em causa se evaporou, perdendo-se em contas "offshore".
Sabendo de tudo isto, a cereja em cima do bolo é que Dias Loureiro tomou como boas as explicações de Oliveira Costa para o facto da operação não constar nas contas do banco de 2001 - e assinou-as. Quarta contradição.
Ora um homem inteligente, meticuloso e cuidadoso não se dá com pessoas como o senhor Hoyos; muito menos propõe negócios com tais pessoas; e ainda menos através de zonas "offshore". Dias Loureiro tem, pois, de se esforçar um pouco mais nas suas explicações para nos provar que merece continuar a ocupar o alto cargo de conselheiro do Estado da República Portuguesa. Ou que passou a ter uma vida confortável, nas suas palavras, exclusivamente como resultado do seu enorme talento e do seu inusitado esforço. Porque, como escreveu Pacheco Pereira na 'Sábado', "ficar milionário do nada, tornar-se um grande capitão de negócios "ex nihilo", um superadvogado de grandes negócios, um dono de empresas valendo milhões, isso é impossível acontecer com um salário de deputado ou de ministro".
P.S. - O Presidente da República resolveu divulgar um comunicado, esclarecendo que não tem qualquer envolvimento no caso BPN. Não exerceu funções, não recebeu remunerações, nunca comprou ou vendeu nada ao BPN e às suas empresas, nem contraiu nenhum empréstimo junto desta instituição. Cavaco Silva é um homem íntegro, de uma honestidade acima de qualquer suspeita. Por isso mais se estranha que, no comunicado que publicou, não tenha esclarecido que foi accionista da Sociedade Lusa de Negócios por um curto período até 2003, assim como a sua filha. Para quem queria acabar com todas as dúvidas, faltou lamentavelmente esta referência.


Nicolau Santos
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

Que Comunicação Social tem a Maia?

A propósito de Comunicação Social, que opinião terão os cibernautas, que visitam o CATASSOL, acerca dos jornalistas e dos jornais maiatos?


Do ponto de vista político-partidário, globalmente, acham que os jornalistas maiatos são isentos?






E, também do mesmo ponto de vista, dos dois periódicos maiatos “Maia Hoje” e “Primeira Mão” qual é o mais isento?


















Escrutinemos!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Folgosa, da Maia?!...

No passado domingo participei, como responsável de uma estrutura partidária maiata, em Folgosa na mostra pública do apetrechamento com cantina da Escola de Vilar de Luz e nas comemorações do centenário da Escola da Igreja de Folgosa.

Ao longo da manhã em que decorreu o evento foi por demais evidente, para quem esteve atento ao sentir e às afirmações da população presente bem como dos seus representantes locais, Presidente da Junta, Associação de Pais, Agrupamento de Escolas, professores e alunos, o grande desconforto e desencanto dos Folgosenses com o Executivo Camarário por continuar a esquecer aquela terra. Quem conhece Folgosa sabe da manifesta falta de condições em vários domínios e, no caso vertente, no que respeita às escolas da freguesia essa falha continua a ser gritante.

Apetece perguntar ao Senhor Presidente da Câmara e ao Senhor Presidente da Assembleia Municipal: Folgosa, da Maia?!...

Pena é que o evento não tenha tido, in loco, cobertura jornalística!...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

HOMILIA proferida pelo P. Leonel, NO DOMINGO XXXII T.C. Ano A, Capela de Fradelos, 9 de Novembro de 2008

A curiosa e interessante relação das histórias e acontecimentos da Realidade em que as fibras do nosso coração estremecem e se entrelaçam nos enredos do nosso quotidiano... A profunda relação da Realidade com os mistérios do Reino dos Céus, dá às histórias e aos acontecimentos reais um sentido que os ultrapassa, à luz do Mistério de Cristo. Há quem lhes chame metáforas, trocas de significação em virtude da relação de semelhança subentendida. Eu, pessoalmente, não gosto das leituras metafóricas usadas muitas vezes por quem não entendeu o fundo das questões. Ora, parábolas não são metáforas, mas na boca do Cristo Jesus aproximações à realidade e ao Mistério, mistério da Realidade e realidade do Mistério. Razão por que o nosso Mestre multiplica e acumula as parábolas, para que entendam os que procuram a Verdade e para que não entendam os que da Verdade não querem saber. A parábola, na boca de Jesus, é uma arma de dois gumes para que se definam os campos e as posições de cada um, nos termos da Graça e da Verdade.

Não é pequeno o descuido de quem, por estar numa festa, deixa de estar atento a si próprio e aos outros, portando-se como um louco, gente incapaz da Liberdade, gente para quem a Liberdade só serve para fazer asneiras... Não é pequena a loucura, ou leviandade, de quem não leva a Vida a sério, só porque esta vida são dois dias, ou então porque as noites dão para esconder muita coisa e para passar desapercebido, até deixar de ser reconhecido...

A Festa, a festa da Vida, é demasiado importante para não ser levada a sério. “A seriedade é o princípio da Sabedoria”, que é a fonte da alegria de viver. O que exige uma vigilância permanente. Quem perde a lucidez, põe em perigo a sua vida. Os divertidos acabam quase sempre em pervertidos. Quem, por estar ou se julgar em festa, deixa a Seriedade em casa, e a mete na gaveta, acaba em desmancha-prazeres... “Por que será, perguntou aquele mexicano ao pároco da sua aldeia, que o povo quando está feliz só faz asneiras?” Ainda há muito de pagãos nos nossos cristãos: à volta das nossas igrejas e capelas, nas nossas romarias, corre o vinho e corre o sangue... Começa-se a rir, e acaba-se a chorar. Começa-se em festa, e acaba-se em tragédia. Não estou a usar metáforas. São casos do dia, os faits divers da Realidade a mudar e a transformar, enquanto é tempo.

Um ponto firme, seguro, inalterável e definito, do evangelho de Cristo, da boa nova do Reino dos Céus: a vida é uma Festa, a festa da Vida. Mas isso, isto, exige toda a seriedade da Sabedoria, mais, muito mais que tudo o mais. Senão, acaba mal. Acaba como aqueles divertidos loucos que, quem os conhecia no trabalho e em casa, não os reconhece no meio de tantas tolices e asneiras, e tristes figuras. Há gente que não aguenta a Liberdade, gente para quem a Liberdade só serve para a perder.

O Tempo Comum está a chegar ao fim. Os dois últimos domingos do Tempo Comum, este ano, Ano A, sob as leituras de S.Mateus, são escatológicos. Sentido que já se vem verificando ao longo dos precedentes domingos. A Escatologia é a ciência da Esperança, um saber sustentado, alimentado na “dinâmica do Provisório” cujas insuficiências não desorientam quem acredita na Vida, quem ama a Vida. “Eu amo, logo vivo!” “Quem não ama está morto!” “Deixai os Mortos enterrar os seus mortos”.

Temos muito que fazer, mais que fazer do que perder o Tempo diante do Muro das Lamentações. As multidões do Evangelho voltaram em todo o lado, por toda a parte. Não vem nos jornais nem nos telejornais, a não ser a rotina dos Pagadores de Promessas que fazem de Fátima uma trapalhada… à espera de um esclarecimento histórico, quando a verdade vier ao de cima, se ainda for a tempo!...
Todos nós, apesar de muitos, somos poucos para tanto trabalho, o trabalho da Evangelização. São os trabalhos da Liberdade. Não são os trabalhos da Lei, que esses já estão feitos, e não foram nem vão mais longe, como pedagogia…

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Padre Leonel Camelo de Oliveira

Passará, a partir de hoje, a publicar-se neste blogue alguns escritos do Padre Leonel.

Como refere José Rui Teixeira no intróito ao livro "Duma só coisa quis saber" de Leonel Oliveira, trata-se de um “presbítero da Igreja um homem singular no nosso tempo, pela liberdade, desassombro e tom profético que tão profundamente o caracterizam.”

(Re)conheçamo-lo, então!


Estatuto Político dos Açores




Percebe-se e apoia-se incondicionalmente que o Partido Socialista confirme que vai manter a proposta do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, mesmo contra a opinião do Presidente da República.

O que não se percebe e muito menos se apoie é mais uma atitude incompreensível e a dualidade de critérios deste Presidente da República, Cavaco Silva, que parece ter dois pesos e duas medidas em relação a territórios diferentes do mesmo País, Portugal, como é notoriamente o caso da Madeira.
Quando, há poucas semanas, Os Deputados da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira José Manuel Coelho e João Paulo Baltazar do PND foram fisicamente acossados no átrio do edifício e suspensos ad hoc por ordem do PPD/PSD, Cavaco Silva não esboçou, como garante do normal funcionamento das instituições democráticas, qualquer reparo ou posição...

Temo que, por analogia com os EUA, esta seja a era "Bush" à portuguesa... plena de erros e equívocos... ou não!...


E os Alunos, Senhores Professores?...

Os Senhores Professores

Não querem ser avaliados,

Não querem cumprir o Memorando de Entendimento assinado livremente por todas as partes há bem poucos meses, em todas as matérias reivindicativas cabalmente cumprido pelo ME,

Não querem o Estatuto da Carreira Docente,

Não querem permanecer na Escola 35 horas por semana, como qualquer outro trabalhador (muitos têm de cumprir 40 horas ou mais),

Não querem dar as aulas de substituição,

Não aprovam o Estatuto do Aluno,

Não querem...

Que querem então, Senhores Professores?...

Será que é assim que contribuem para o desenvolvimento académico e intelectual de que o País tanto precisa?

Em dias como os de hoje em que, para além do rigor das condições atmosféricas, as condições no mundo laboral são tão competitivas e exigentes, será aceitável penalizar tantos pais que se viram obrigados a faltar aos empregos para tomar conta dos filhos, correndo o risco de fragilizar ainda mais os vínculos laborais tantas vezes precários?

Não deveriam os Senhores Professores serem obrigados a serviços mínimos, que permitissem minimizar o impacto duma greve no seio dos alunos e das respectivas famílias?

Famílias, muitas delas, a enfrentar problemas imensamente maiores do que ser avaliado como se é em qualquer outra profissão?

E os Alunos, Senhores Professores?...

Não me parece que seja este o caminho que credibilize a Profissão Docente e muito menos que contribua para o respeito que os Professores devem merecer dos alunos e da sociedade em geral!


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ferreira Leite promete suspender projectos e baixar impostos

Segundo noticia difundida hoje pela Lusa/Sol Ferreira Leite afirmou que se for primeira-ministra vai sem dúvida suspender todos os mega projectos de investimento não rentáveis e com essa despesa provavelmente baixará impostos.
Apelida os mesmos de «encargos tremendos» que, se não foram suspensos, deixarão o Estado comprometido ao ponto de impedir uma baixa de impostos nos próximos 30 anos, caso não se encontre «uma almofada segura em termos de orçamentos públicos».
«Tudo o que fosse mega projectos de investimento cuja rentabilidade e melhoria da competitividade para o país é nula eu não tenho dúvida nenhuma de que suspendia», declarou a presidente do PSD, no final de um almoço promovido pela Câmara de Comércio Portugal Holanda.
«E portanto ficaria com meios mais do que suficientes para provavelmente poder baixar com algum significado os impostos», completou.
Antes, Manuela Ferreira Leite sustentou que, com a política do actual Governo, se houver uma decisão de baixar impostos «o défice lá virá novamente» porque «o nível da despesa [pública] não se reduziu».
«O défice público está melhor, mas não nos esqueçamos que foi feito à custa de um brutal aumento de impostos. Agora todos dizem que [os impostos] deverão baixar para aliviar a actual crise, ou seja, é uma melhoria transitória porque o défice lá virá novamente dado que o nível de despesa não se reduziu», disse.
Manuela Ferreira Leite considerou que os encargos assumidos pelo Governo são elevados ao ponto de dificultarem uma redução da carga fiscal no futuro.
«Se não arranjarmos uma almofada segura em termos de orçamentos públicos para o futuro aquilo que o futuro nos reservaria seriam encargos tremendos - que têm estado a ser assumidos e que se perspectiva que possam ser assumidos ainda em maior volume - que conduzem a que a partir de 2013 até 2040 e tal os encargos a que o Estado está comprometido são de tal ordem que não se vislumbra a forma de baixar impostos, bem pelo contrário», disse.
Enfim, Ferreira Leite no seu melhor...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Bem-vindos!

Bajouca, Jorge Matos e Francisco Cunha sejam bem-vindos a bordo e boa viagem!...

Os amuos da direita maiata!

















Falando dos actuais protagonistas políticos, de direita e de esquerda(?), que governam, duma ou de outra maneira, os destinos do concelho maiato, não resisto a citar um texto de Jacinto Lucas Pires, intitulado "O amuo português":

"Já se sabe que, por cá, o amuo é uma instituição. O amuo, o arrufo, a birra... enfim, todas essas variantes mesquinhas, oblíquas, impotentes, da zanga. Talvez tenha a ver com o nosso clima “temperado” ou com a longa propaganda dos “brandos costumes”, não sei. O facto é que, tantas vezes, por estes portugais, fazia falta um desacordo honesto, uma boa discussão, um berro, um murro na mesa, e em vez disso apenas sabemos oferecer silêncios chochos, palavras para dentro, desistência e mal-estar e um pobre espírito entredentes."

Por isso, nada melhor do que prendar menestréis provincianos com letra de música a sério…

Amuo (Clã)

Vejo que estás mais crescida
Já dobras a frustração
Bates com a porta ao Mundo
Quando ele te diz não

Envolves o teu espaço
Na tua membrana ausente
Recuas atrás um passo
P’ra depois dar dois em frente

Amuar faz bem

Ficas descalça em casa
A fazer a tua cura
Salva por um bom amuo
De fazer má figura

Amanhã o mundo inteiro
Vai perguntar onde foste
E tu dizes apenas
Que saíste, viajaste

Amuar faz bem

Nada como um bom amuo
Apenas um recuo quando nada sai bem

E depois voltar
Como se nada fosse
E reencontrar o lugar
Guardado por um bom amuo















(Tomara que seja tarde demais!!!...)

domingo, 23 de novembro de 2008

Música...

Como já sabe,
E se prefere um pouco de "música", em episódios, propomos o canal da banda (direita...)!

Escândalo da Casa Pia

Acabei de assistir à informação especial da TVI sobre o escândalo da Casa Pia.

A inquietação que me invade e me perturba profundamente é que Mundo estamos a deixar aos nossos filhos?

Para quem não assistiu penso que ainda o poderá fazer neste link

Até tu Brutus...?

Citando o Comunicado da Presidência da República:
"1. O Prof. Aníbal Cavaco Silva, no exercício da sua vida profissional, antes de desempenhar as actuais funções (nem posteriormente, como é óbvio):
a) ...
b) ...
c) nunca comprou ou vendeu nada ao BPN ou a qualquer das suas empresas."

Mas, refere mais à frente:

"3. O Prof. Cavaco Silva e a sua Mulher têm, há muitos anos, a gestão das suas poupanças entregues a quatro bancos portugueses – incluindo o BPN, desde 2000 – conforme consta, discriminado em detalhe, na Declaração de Património e Rendimentos entregue no Tribunal Constitucional, a qual pode ser consultada."

Portanto, Cavaco Silva contradiz-se. Entregar capital ao BPN, depositar dinheiro no BPN não é alienar a sua indisponibilidade temporária em troca de uma remuneração, em troca de uma taxa de juro contratada?


Então, senhor Presidente?... Que poupanças?... E por quanto?...

Mais à frente, a terminar, diz também:

"4. Ao tomar posse como Presidente da República, o Prof. Cavaco Silva e a sua Mulher deram instruções aos bancos gestores das suas poupanças para não voltarem a comprar ou vender quaisquer acções de empresas portuguesas, excepto no exercício de direitos de preferência."


Então, senhor Presidente?... E estrangeiras já pode? Quais?...

E em relação ao seu conselheiro de Estado, Dias Loureiro, que nos deixou a todos boquiabertos com a desfaçatez e ligeireza das últimas declarações?...

Começo a perceber agora melhor o alcance da homilia de hoje do Bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins…Bem como a história da interrupção da Democracia e o silêncio em relação à "lay-off" da Assembleia Legislativa da Madeira?...


Tanto fumo... Queremos saber se há fogo!!!

E ainda sobre a Avaliação de Professores...


ME esclarece avaliação dos membros dos conselhos executivos


O Ministério da Educação esclarece, no seguimento de afirmações alarmistas do secretário-geral da Fenprof, que está a ser ponderada a adaptação do sistema de avaliação dos dirigentes da Administração Pública aos membros dos órgãos de gestão dos agrupamentos de escolas e de escolas não agrupadas.

Oportunamente, os próprios membros dos conselhos executivos serão ouvidos sobre o assunto.


ME e sindicatos abrem negociações sobre a avaliação de desempenho docente

O Ministério da Educação apresentou hoje a vários parceiros do sector educativo as suas propostas para melhorar a realização da avaliação de desempenho dos docentes durante este ano lectivo.

O Ministério solicitou o início das negociações dos diplomas onde serão introduzidas as medidas anunciadas para a próxima segunda-feira, dia 24 de Novembro, o que não foi aceite pelos sindicatos.

As reuniões ficaram assim marcadas para a próxima sexta-feira, dia 28 de Novembro.

Mais informação

1 – Perguntas frequentes e respostas sobre a avaliação de desempenho de professores estão disponíveis em http://www.min-edu.pt/np3/2833.html.

2 – O dossier sobre avaliação de desempenho docente está disponível em http://www.min-edu.pt/np3/193.

3 – O dossier Estatuto da Carreira Docente está disponível em http://www.min-edu.pt/np3/56.

4 – O Memorando de Entendimento entre o Ministério da Educação e a Plataforma Sindical está disponível em http://www.min-edu.pt/np3/1901.html.

sábado, 22 de novembro de 2008

Miguel Ângelo

Olá Camarada!
Os meus parabéns pela excelente entrevista ao "Maia Hoje".
Desta vez sim, parece-me que foi bem aproveitada a oportunidade para se dirigir ao interior do partido com alguma verdade.
Ao falar de si e do fim de um ciclo consegue fazer mais e melhor pelo PS Maia, que qualquer oposição que tenha feito ao longo destes oito anos em que participou da governação Maiata.
Sempre afirmei que a História faria o elogio ou condenação da (vossa) acção politica, nunca esperei que fosse o camarada a dar o primeiro contributo.
É assim isolado e triste, mas de consciência tranquila que vai continuar durante algum tempo.
Lamento, lamento profundamente que nos tenhamos conhecido neste contexto partidário.
As limitações e dificuldades de relacionamento interno deste PS Maia, não são só responsabilidade da incompetência.
"As ambições pessoais não devem ser colocadas em primeiro lugar", é aqui que reside o desencanto. É como o Senhor diz: "É preciso ter cuidado com esse aventureirismo e ter sensatez".
Não o condeno nem condenarei, apesar de lhe atribuir responsabilidades no processo. Pois sei bem que mentes brilhantes e normalmente lucidas como a sua, só são desviadas pela vaidade e pelo orgulho.
Digo-lhe daqui deste patamar de militante que gostaria imenso de trabalhar consigo, estudar processos, fazer oposição inteligente e dar oportunidade a que a cumplicidade das lutas nos permitisse criar no PS Maia uma escola de liderança.
Um abraço
António Espojeira

Avaliação dos Professores: quadro comparativo com o novo modelo melhorado

De salientar que os princípios do modelo se mantêm: a avaliação entendida como instrumento de gestão de recursos humanos e, portanto, interna à escola; uma avaliação que valoriza o desempenho integral dos professores (os deveres profissionais e o desempenho científico-pedagógico); uma avaliação com consequências, designadamente na progressão na carreira e prémios de desempenho.

Avaliadores da componente pedagógica
  • Decreto Regulamentar 2/2008 e 11/2008
_ Os professores são avaliados pelo coordenador do
departamento curricular a que pertencem, ou por outros professores titulares do mesmo departamento em quem o coordenador delegue as competências de avaliação. Integrando os departamentos professores de vários grupos de recrutamento, o avaliador poderia ser de uma área disciplinar diferente da do avaliado.
  • Modelo alterado

_Os professores são avaliados pelo coordenador de departamento ou em quem este delegue, mas são alargadas as condições de delegação de competências de forma a garantir que um avaliado pode solicitar um avaliador da mesma área disciplinar (outro professor titular, da escola ou de outra escola).

Parâmetros da avaliação do Conselho Executivo – resultados escolares e taxas de abandono.

  • Decreto Regulamentar 2/2008 e 11/2008

_Os professores são avaliados pelo Presidente do Conselho Executivo/Director por referência a 7 parâmetros, nos quais se incluem assiduidade, resultados escolares, cumprimento do serviço, formação contínua, relação com a comunidade ou outra relevante para a escola.

  • Modelo alterado

_É dispensado, neste ano lectivo, o critério dos resultados escolares e das taxas de abandono, tal como recomendado pelo Conselho Científico da Avaliação dos Professores.

Burocracia

  • Decreto Regulamentar 2/2008 e 11/2008

Existem obrigatórias: a ficha de auto­avaliação, a ficha do coordenador de departamento e a ficha do conselho executivo. As escolas elaboram outros instrumentos de trabalho; sendo os de registo dos progressos dos resultados escolares os que envolviam mais burocracia.

  • Modelo alterado

O ME elaborará orientações para a revisão e simplificação das fichas de avaliação e auto­avaliação (permitindo a agregação de sub­parâmetros), bem como dos instrumentos de registo, limitando a possibilidade de desagregações. A dispensa do parâmetro dos resultados, terá como consequência uma grande redução da burocracia.

Entrevista individual

  • Decreto Regulamentar 2/2008 e 11/2008

_A entrevista individual é obrigatória apenas na fase final do processo de avaliação. Muitas escolas marcaram reuniões individuais no início do processo para “acordar os objectivos individuais”, embora esta entrevista não estivesse prevista.

  • Modelo alterado

_Dispensa de reuniões (quer sobre os objectivos individuais, quer sobre a classificação proposta entre avaliadores e avaliados em caso de acordo). O acordo é tácito, podendo avaliador ou avaliado solicitar a entrevista.

Observação de aulas (componente científico­pedagógica)

  • Decreto Regulamentar 2/2008 e 11/2008

_A observação de aulas é obrigatória para todos os professores, o que implica uma grande sobrecarga de trabalho.

_O número mínimo de aulas a observar é três.

  • Modelo alterado

_A observação de aulas é voluntária e dependente de requerimento dos interessados; mas é condição necessária para a obtenção da classificação de Muito Bom ou Excelente.

_Reduzir de três para duas o número mínimo de aulas a observar, ficando a terceira dependente de requerimento do professor avaliado.


Avaliação dos professores avaliadores da componente cientifico­pedagógico

  • Decreto Regulamentar 2/2008 e 11/2008

_Os coordenadores de departamento são avaliados apenas pelos conselhos executivos, mas os outros professores avaliadores são avaliados também pelo coordenador de departamento.

  • Modelo alterado

_As regras de avaliação que estavam previstas para coordenadores de departamento são alargadas a todos aqueles que têm funções de avaliadores: Isto é, a avaliação é funcional e como avaliador e é realizada pela direcção executiva.

Volume de trabalho

  • Decreto Regulamentar 2/2008 e 11/2008

_Para avaliadores está estabelecido um crédito de 1 hora de componente lectiva por cada 4 avaliados.

  • Modelo alterado

_Aumentam as compensações nos horários dos avaliadores.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Contra estes Factos não estaremos mais sensíveis aos falsos argumentos de alguns!

MEDIDAS APROVADAS EM CONSELHO DE MINISTROS:

1. O Governo sempre esteve disponível para dialogar com as escolas, os professores e os sindicatos sobre todas as reformas na educação e, em especial sobre a avaliação dos professores. Foi esse diálogo, aliás, que permitiu a celebração, a 12 de Abril do corrente ano, de um Memorando de Entendimento entre o Governo e os sindicatos, onde ficaram reguladas, de comum acordo, as condições de prosseguimento do processo de avaliação nos anos lectivos de 2007/2008 e 2008/2009.

2. Agora, mais uma vez, o Governo tomou a iniciativa de promover o diálogo e dispôs-se a ouvir as escolas, os professores, os sindicatos, os pais e diversos outros agentes do sistema educativo. O objectivo do Governo é resolver os problemas, para qualificar a escola pública.

3. Este processo de auscultação e diálogo permitiu identificar os três principais problemas que as escolas e os professores têm sentido na concretização da avaliação:
· O problema da existência de avaliadores de áreas disciplinares diferentes das dos avaliados;
· O problema da burocracia; e
· O problema da sobrecarga de trabalho inerente ao processo de avaliação.

4. Nenhum dos problemas identificados, apesar das dificuldades práticas que possa colocar, põe em causa os pilares essenciais do modelo de avaliação:
A avaliação interna, pelos pares, conhecedores da realidade das escolas e do respectivo nível de ensino;
A valorização do desempenho integral dos professores, ponderando não apenas o grau de cumprimento dos seus deveres funcionais, mas também a qualidade científico-pedagógica do trabalho desenvolvido com os alunos e outros elementos relevantes como a participação na vida da escola, o envolvimento em projectos, o exercício de cargos e a conclusão de acções de formação;
Uma avaliação com consequências, no aspecto formativo, no desenvolvimento da carreira e na atribuição de prémios de desempenho.

5. Os problemas identificados têm solução. É perfeitamente possível melhorar o processo de avaliação, indo ao encontro das principais preocupações dos professores, corrigindo o que deve ser corrigido e simplificando tudo o que pode ser simplificado – e fazer este ano lectivo uma avaliação séria dos professores.

6. Para isso, o Governo decidiu avançar com um conjunto de medidas, de aplicação imediata, que introduzem alterações importantes nas condições de aplicação do modelo de avaliação e que resolvem o essencial dos problemas que foram levantados. As medidas são as seguintes:
o Primeira medida, garantir que os professores são avaliados por avaliadores da mesma área disciplinar.
o Segunda medida, dispensar, neste ano lectivo, o critério dos resultados escolares e das taxas de abandono, tal como recomendado pelo Conselho Científico da Avaliação dos Professores.
o Terceira medida, rever e simplificar as fichas de avaliação e auto-avaliação, bem como os instrumentos de registo.
o Quarta medida, dispensar as reuniões entre avaliadores e avaliados em caso de acordo tácito (quer sobre os objectivos individuais, quer sobre a classificação proposta).
o Quinta medida, a observação de aulas fica dependente de requerimento dos interessados e é condição necessária para a obtenção da classificação de Muito Bom ou Excelente.
o Sexta medida, reduzir de três para duas o número mínimo de aulas a observar, ficando a terceira dependente de requerimento do professor avaliado.
o Sétima medida, simplificar o regime de avaliação dos professores avaliadores e compensar nos respectivos horários a sua sobrecarga de trabalho.


7. As medidas propostas pelo Governo, e que serão submetidas a um processo de discussão com os parceiros interessados, destinam-se a resolver os principais problemas suscitados pelos professores. Assim, o processo de avaliação, conservando os pilares essenciais do modelo, fica consideravelmente mais simples, não se justificando, nestas condições, qualquer suspensão.

8. A convicção do Governo é que a concretização da avaliação dos professores representará um grande avanço na qualificação da escola pública e no reconhecimento do desempenho dos docentes.

9. O Governo reafirma a sua disponibilidade para, como anteriormente acordado, realizar em Junho/Julho uma negociação com os sindicatos sobre as alterações a introduzir para o futuro no processo de avaliação dos professores.

Olha, Olha!!!...


(In Primeira Mão, de hoje, 21.11.2008, Oliveira e Costa a assinar na Maia o acordo destinado ao hospital privado da Maia)

Segundo a notícia a CM Maia está a envidar esforços para reunir com o responsável para esclarecer o futuro!...

Tanto quanto se sabe, hoje, a reunião só poderia ter lugar nalguma sala do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa onde Oliveira e Costa está a prestar depoimento como arguido, pendendo sobre ele gravíssimas acusações de crime económico e fiscal (suspeita de burla, branqueamento de capitais e fraude fiscal).

Segundo o jornal Público “O BPN tem uma base política clara, tendo ido buscar pessoas ligadas ao PSD. Para além de Oliveira e Costa, o CEO, e do líder do Conselho Superior, Rui Machete, também Dias Loureiro, Amílcar Theias, Daniel Sanches e Arlindo de Carvalho, todos ex-ministros sociais-democratas, estiveram sentados em órgãos sociais do grupo

Trata-se de mais uma infeliz coincidência ou é mesmo sina deste presidente e deste executivo?

Nestas coisas o Povo costuma ser sábio, diz-me com quem andas…

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Força Ministra!

Penso que o diálogo, a discussão e o confronto de ideias e opiniões são, numa Democracia madura e moderna, fundamentais para a obtenção dos melhores resultados em qualquer domínio. Contudo, é também basilar que se respeite a opinião que nas urnas o Povo manifestou. É essa a responsabilidade maior de quem tem o mandato para governar. É essa autoridade democrática que, hoje em relação à educação, o Governo de Portugal deve exercer.

Neste diferendo em volta da avaliação dos professores está visto que da parte de algumas direcções sindicais o que está em causa já não é uma qualquer questão laboral mas sim derrubar a ministra e fragilizar o mais possível o governo, no velho registo de quanto pior melhor.

O novo Estatuto do Aluno e a Avaliação dos Professores são instrumentos fundamentais integrantes de uma estratégia global para a Educação facilitadores de avanços civilizacionais que catapultem Portugal para patamares desenvolvimentais ao nível dos países do norte da Europa.

Como pai, psicólogo, formador de formadores e socialista daqui lanço o meu incentivo convicto:

Força Ministra!

E o Burro sou eu?!!!...

Gama, Brasil, 20 Nov (Lusa) - A selecção portuguesa de futebol foi hoje humilhada pelo Brasil, por 6-2, num encontro particular em que Portugal voltou a ser uma equipa sem chama e sem ideias, somando o quarto encontro consecutivo sem vencer.

Começo a acreditar naquilo que um amigo meu já há muito me vem dizendo: Portugal só será um país a sério quando contratar Scolari's não só para seleccionador da selecção mas sobretudo para substituir a maior parte dos políticos, da classe dirigente e empresarial!

Como dizia Jardel, porque será?...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O apetite do "Buraco Negro" engole mais uma "Obra do Mandato"

Os buracos negros são, por definição, invisíveis embora a região em torno destes objectos possa emitir periodicamente radiação quando estes se "alimentam".

Tudo indica estarmos mais uma vez face a uma potente manifestação do buraco negro em que a presente governação da concelho maiato se tem constituido.

O executivo de coligação PSD/P? da câmara maiata prepara-se para inaugurar mais uma "obra do mandato" ou a apologia da falta dela: Na melhor linha do que nos vai habituando, junta-se desta vez aos monumentos-hino à incompetência do actual edil (vide por exemplo o complexo das piscinas olímpicas) o magnífico local onde seria erigido o Hospital do Lidador. Para variar, disparando queixinhas para tudo quanto é sítio, ao seu melhor estilo do “sacudir da água do capote”.

Mais um pouquinho a culpa até vai ser do Governo não ter nacionalizado o obra. O Ministro até é de lá que diabo!?...

Pedimos desculpa por esta Democracia, a Ditadura segue dentro de momentos

Citando Manuela Ferreira Leite, actual Presidente do PSD:

“Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia. Quando não se está em Democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se. E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem Democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a Democracia.”

“Em política há que fazer política exactamente utilizando medidas de acordo com os factos que se nos deparam no momento, porque se houvesse uma receita para tudo igual, não eram necessários ministros e se calhar era um benefício para o País.”

Acredito que foi por estas e por inúmeras outras posições radicais de M Ferreira Leite, que por altura da sua eleição o PSD Maia a recebeu apoteoticamente, fazendo parecer os tradicionais grupos extremistas, à esquerda e à direita, autênticos meninos de coro.


Não podemos mais estranhar as posições radicais e os tiques salazaristas manifestados por alguns Vereadores bem como a forma como os representantes do PSD na Mesa da Assembleia Municipal dirigem os trabalhos e o seu grupo de Deputados amiúde se comporta, apupando e fazendo ruidosa algazarra quando o que é dito não bajula o poder instalado.

Continuo muito preocupado também com os fins a que se destinarão as gravações ilegais áudio e vídeo que a Mesa da A Municipal continua a mandar fazer das sessões da A Municipal.

Aguardemos…

domingo, 16 de novembro de 2008

Só pode ser coincidência…!


Estava navegando e eis que dou de caras com os “ÚLTIMOS SUSPIROS!!!!” que não sei porque me fizeram lembrar o comentário de um anónimo!!?...

Diz-se aí que “Os blogueiros"viúvas" da oligarquia já estão beirando a loucura na tentativa de fabricar "notícias" que tragam alguma alegria aos patrões, mas parece que a cada dia fica mais difícil conseguir tal façanha.” !!!!????

Só pode ser coincidência…!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Uma questão de Educação ou REVANCHISTA, SECTÁRIO, ESTÚPIDO E MALCRIADO

Fica-se estarrecido quando se lêem algumas prosas que, vindas de quem parece que assina e com as responsabilidades de governação autárquica que hoje têm, mais parecem de um qualquer revanchista, em guerra com o seu passado e inspirado pelo desejo de vingança.

Só assim se pode compreender que se olhe para um outro que, no caso um Dirigente da Fenprof, regularmente se submete e é sufragado pelos seus pares professores. Honra lhe seja feita, neste particular, passados todos estes anos ainda não renegou nem o sindicalismo nem ser professor. Quantos se poderão gabar disso?

Muito poucos e muito menos os sectários que se esquecem de si e estão sempre de dedo em riste apontando defeitos aos outros, não se lhes conhecendo outra profissão que não a de “profissionais da política” e se alguma vez vão a votos é sempre atrás, muito atrás do protagonista. Não têm credibilidade para mais.

Esta realidade é ainda mais preocupante exactamente quando estes exemplos acontecem no seio de uma actividade que deveria ser nobre: na Política.

A descredibilização dos partidos, da política e do próprio sistema democrático deve-se muito a personagens deste tipo que pululam e poluem a “classe” política. O viés que representa esse subproduto da democracia, uma classe sem Classe que grassa e parasita a “Classe Política” é um mal que urge enfrentar.

Uma classe estúpida, sem nada para dar à comunidade, que ascende “à gola” dos partidos e que os renega quando atinge os seus fins. Uma classe malcriada que sobrevive lançando impropérios indiscriminadamente ao sabor do seu egocentrismo patológico.

Como se pode permitir alguém com altas responsabilidades de gestão municipal a veleidade e a petulância de, por detrás do aconchego de um portátil, apelidar os alunos de “bando” e os professores de covardes e irresponsáveis?

Como se pode alguém arvorar intelectualmente acima e lançar anátemas mentirosos aos “miúdos” dos anos 70 da Ribeira (e do Barredo) que, a quase todos conheço pelo nome, hoje são Homens dignos e de passado impoluto que sobreviveram e subiram a corda da vida a pulso, sem renegar a origem nem trapacear o semelhante?

Que pensará a Escola, alunos, professores, funcionários, pais e encarregados de educação, de uma Câmara Municipal que quer pôr sob a alçada de tal figura a gestão da Educação? E, pior ainda, quando se pretende que essas competências, com toda a certeza para escaparem ao escrutínio do executivo camarário e da Assembleia Municipal, sejam transferidas na totalidade (gestão de edifícios, acção social escolar, actividades de enriquecimento curricular, contratação de pessoal docente e não docente, etc., etc.) para uma empresa municipal tutelada por tal pessoa?

Pode-se enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não conseguem enganar todas o tempo todo…

sábado, 8 de novembro de 2008

Ai que medo!...

Pois é, definitivamente a tradição já não é o que era!...

Estão só nervosos ou é medo mesmo do descaracterizado?!...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

E agora, Senhor Presidente?...



















Os Deputados da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira José Manuel Coelho e João Paulo Baltazar do PND foram fisicamente acossados no átrio do edifício e suspensos ad hoc por ordem do PPD/PSD.

É verdadeiramente na Madeira que o PPD/PSD revela o seu pior lado, a dimensão politicamente mais pérfida de um partido dito democrático, manifestada nos comportamentos marcadamente xenófobos e despóticos da generalidade dos seus representantes naquela ilha. José Miguel Jardim d'Olival Mendonça, Jaime Ramos e Alberto João Jardim são o exemplo vivo e os expoentes máximos dessa vergonha nacional.

Impedir um Deputado eleito pelo Povo de entrar na sua Casa, o Parlamento, é algo verdadeiramente insultuoso e insidioso dos mais elementares princípios Democráticos e uma ignomínia ao 25 de Abril.


Tal como diz o comentador António Teixeira, “o que se passa na Assembleia Legislativa da Madeira não é sério em termos democráticos. (…) Naquela assembleia há uma vozearia permanente, qualquer que seja a voz crítica que se levante".

Exemplos destes, supostamente de menor gravidade e nula projecção mediática, ocorrerão um pouco por todo o País. Veja-se na Maia, onde também esses tiques de prepotência e intolerância se manifestam com alguma regularidade na Assembleia Municipal e na Câmara Municipal, tentando cortar e manietar qualquer resistência, qualquer espaço de crítica que surja à governação autárquica PSD/PP.





O Presidente da República Portuguesa é o garante do normal funcionamento das instituições. O que poderá ser pior do que um deputado ser impedido, por elementos da segurança privada, de exercer o seu mandato e de entrar no local próprio para tal, um edifício público propriedade do Estado Português?

Quando se foi tão pomposo e circunstancial, colocando o País, em época de férias, numa expectativa e até sobressalto só para fazer queixinhas acerca de alterações insignificantes ao Estatuto da Região Autónoma dos Açores quando, ali ao lado, na Madeira ele não existe e o défice democrático é cada vez mais profundo...

E agora, Senhor Presidente?...

















quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ouvir o Silêncio



Como contraponto às pseudo audiências megalómanas, às efémeras citações por encomenda de vaidade narcísica e às tagarelices ocas e bacocas, nós, por cá, preferimos dar uma oportunidade ao silêncio, à serenidade… e continuar, paulatinamente, a construir o caminho, caminhando, fazendo e realizando!...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

PS Maia - Opinião

Parece-me insensato que comecem a aparecer nomes de elementos desinseridos do contexto da nossa área geográfica quando os órgãos, com competências para tal, ainda não se pronunciaram.

Mais uma vez se tenta lançar a confusão para que tudo fique na mesma.

Só me resta apelar à calma e ao bom senso, isto se, de facto, queremos mudar alguma coisa.

Candidatura do PS aos Órgãos Autárquicos Concelhios da Maia

Emanou da última reunião da Comissão Política Concelhia (CPC) do PS Maia, em que se discutiu o perfil do candidato à câmara municipal, uma corrente de opinião manifestamente maioritária defensora da ideia de que a candidatura autárquica do PS no concelho deveria ser protagonizada, tendencialmente, por uma personalidade:

1. militante do Partido Socialista;
2. da concelhia da Maia.

Neste enquadramento, a CPC depositou no seu Presidente, que formalmente mandatou sem que tivesse havido qualquer manifestação em contrário, a responsabilidade de identificar o(s) protagonista(s) para tal desiderato do PS Maia, para posteriormente apresentar na mesma sede (CPC) a fim de ser ratificado.

Por outro lado, evidentemente que não se pode escamotear o facto de que, em matéria de candidaturas autárquicas, nomeadamente nas concelhias e em especial nas concelhias ditas da 1ª coroa, estrategicamente ser avisado e decisivo contar, ao mesmo tempo, para a tomada de decisão com a participação e o envolvimento federativo, numa lógica regional de vitória.

É com este balisamento e este compromisso que os militantes responsáveis de um partido livre e democrático deverão defender e respeitar. É com este compromisso que os militantes de base e os eleitos em sua representação para a CPC da Maia se encontram vinculados.

Para que não restem dúvidas, clarifique-se e decida-se votando!
A palavra, então, à Comissão Política Concelhia ou, até mesmo, ao plenário dos militantes da Maia (Assembleia Geral de Militantes).

Processos transparentes e decisões participadas e democráticas serão a base forte de sustentação de uma candidatura com possibilidades de vencer.