sexta-feira, 25 de julho de 2008

Futebol ou O Tripeiro ou Marcelo Rebelo de Sousa

Também no que toca a Professores Doutores (de Direito) temos do melhor e do pior.

Mais uma vez a importância capital do contraponto...


(seja lá o que isso for - tripeiro - só espero é que não seja contagioso...)

2 comentários:

jünger disse...

De referir antes de mais as interessantes publicações que por aqui se podem encontrar, motivando desde logo os meus sinceros cumprimentos bloguisticos.

Quanto a este caso em particular parece-me à partida curioso a sequencia de posts enaltecendo o parecer de Freitas do Amaral em detrimento do de Rebelo de Sousa, sem qualquer explicação aparente. Se de catedráticos de Direito temos do bom e do mau, não me pareceu claro o porque da descredibilização da opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, levando-me necessariamente a inferir algumas explicações, até pela forma como o conteúdo é exposto.
É infelizmente já um habito a conotação de entidade Futebol Clube do Porto com um sem numero de artimanhas, conjecturas, teorias da conspiração. Não sou, de todo, crente na honestidade de qualquer elemento ligado ao dito desporto-rei. Assumo-me sem qualquer tipo de complexos, amante da modalidade, adepto do referido clube, mas certamente com um olhar imparcial. Que todo o Futebol está envolto em suspeição, mais que sabida corrupção, não há duvida. Se isso for motivo suficiente para virar costas incondicionalmente a qualquer interesse ou entidade tenho de fazer as malas e voar para a Finlandia, porque aqui começo nas Autarquias Locais, passo pela industria farmaceutica, Administração Publica, infelizmente a propria mentalidade que amarra a força deste pais, e não encontro espaço para uma sincera e honesta abordagem social, cultural, economica ou politica! Criticar a corrução no futebol é facil, é conveniente! Atacar o FCP não será injusto, (de todo!) mas é simples, fica bem e o "povo gosta". Não falo deste caso em particular. Falo da proliferação duma quase que necessidade de denegrir a imagem do clube do Norte, quando todos sem excepção pactuam neste jogo triste e vergonhoso de vigarice! Mais ainda, questiono a necessidade de centrar as atenções no FCP quando é a entidade com mais provas dadas dentro do campo, em jogo jogado, até (e mais evidente ainda!) fora de portas, acumulando titulos que não só engrandecem o clube, como a modalidade e o proprio nome do país! Evito falar do presidente Pinto da Costa porque todos sabemos que é uma das feridas onde todos gostam de meter o dedo! Procuro assim obter uma leitura o mais imparcial possivel. Há corrupção no Futebol Clube do Porto? Com toda a certeza! Mas também a há em todos as outras entidades e respectivos corpos directivos! A difereça é que parece que o clube tri-campeão nacional lá vai conseguindo dentro do campo correr e facturar mais! E se duvidas querem levantar ca dentro, olhem lá fora e analisem as estatisticas de presenças e palmarés.. não seria corrupção a mais? Infelizmente, isto ainda incomoda muita gente!

Perdoe o bloguer o meu já longo comentário e o seu cheirinho a demagogia e populismo, mas escudo-me no tema esperando a benevolvência de todos!
Termino com outro ponto, esse sim de maior relevancia. Continuo sem entender o porquê de associar o nome do Professor Marcelo ao F.C. Porto, muito menos a descredibilização do seu parecer. No campo em que (necessariamente!) me tento movimentar melhor, parecem-me as palavras do Professor algo de coerente e juridicamente fundamentado. Se outras razões latentes existem, certamente ultrapassaram a minha atenta leitura!

Finalizo reiterando as minhas desculpas quer pelo alongar nas palavras, quer pela fluidez que as 02h30m me roubam!

Bons posts,
cumprimentos de um leitor atento!

Hélder Ribeiro disse...

Caro jünger,

Retribuo os cumprimentos bloguísticos e agradeço a apreciação favorável que faz deste nosso – porque também seu – blogue.

Quanto à sua dissertação, que li atentamente, centro-me no que me parece, tal como a si, o mais importante, centro-me naquilo que, de forma indelével, também nesta sequência de posts pretendo relevar: na Cultura, neste caso uma cultura da competência versus uma cultura da aparência ou, dito de outro modo, numa opinião douta (circunstanciada, balizada, peritada e acomodada à norma vigente) oposta a uma outra inopinada (precipitada, irreflectida, tempestuosa, sectária, desajustada e delirante). E se o que primeiro distingue o grau de Doutor dos demais é a competência para autonomamente investigar, produzir conhecimento, também por maioria de razão se distingue no dever, na responsabilidade maior de errar o menos possível, de dizer o menor número possível de asneiras, tanto mais ainda quanto mais o assunto respeitar ao seu domínio cintífico-técnico-profissional.

Acredito piamente que D. Duarte estaria a pensar em exemplos destes quando referia que "se não tivéssemos tantos governantes incultos nas últimas décadas em Portugal não teríamos chegado à situação a que chegámos”… (reticências minhas).

Quanto ao resto, caro jünger, é, apenas, uma questão estética…

Continuação de boas férias!


P.S.: agradeço também a oportunidade que me deu de utilizar pela primeira vez o acento gráfico ¨ do meu velhinho portátil :-)