terça-feira, 15 de julho de 2008

O Síndrome do "Cospe Nele" ou o não valorizar suficientemente aquilo que está próximo de nós

Eu vi e ouvi hoje (ontem, segunda-feira) na RTP1, Programa Prós e Contras, um Homem, que normalmente se remete ao silêncio, a falar. Artur Anselmo, de seu nome, Professor Catedrático. Senti orgulho de ser Português. Mas logo a seguir intervém um pretenso músico a dar-nos a melodia do costume. Percebi ainda melhor o que nos quer transmitir o Professor Artur Anselmo quando diz que por norma prefere não falar e chama a atenção para a característica atávica do Povo Português: a verborreia, a conversa fiada.

Como refere Artur Anselmo, bastará ler o Ensaio de Psicologia Portuguesa de Francisco da Cunha Leão para chegar à conclusão que os Portugueses são uns bons fala-baratos, gostam de falar, têm opinião sobre tudo, dividem o mundo em bons e maus, o maniqueísmo está na sua maneira de ser, são emotivos, reflectem pouco e pensam ainda menos. E remata dizendo, seria bom que começassemos a pensar.

Aqui está a LIÇÃO imperdível http://ww1.rtp.pt/multimedia/?tvprog=23414&idpod=15657

3 comentários:

Paulo Farinha disse...

Concordei com as intervenções deste ilustre professor.
É urgente a mudança de mentalidade dos Portugueses.
O 25 de Abril de 1974,não revolucionou a mentalidade dos portugueses, infelizmente.

Hélder Ribeiro disse...

Sim, parece que o enfoque deve ser colocado sobretudo nessa vertente. Tratar os caminhos existentes e abrir auto-estradas na nossa intelectualidade, na nossa mentalidade. Porventura será mais um ovo de Colombo. Tão evidente e como é que ainda não fomos capazes de o fazer?...
Artur Anselmo também responde de forma desabrida a isso: quando fala que somos os melhores trabalhadores da europa quando comandados por outros e o desprezo do que é característica nossa ou, dito de outra forma, santos da casa não fazem milagres...

MOICANO disse...

Olá,
Até que enfim temos um espaço para enviar uns bitaites, mas com alguma sensatez. Espero que corra tudo pelo melhor e que este pequeno espaçinho deia para clarificar algumas mentes empedernidas, que só olham para o seu umbigo.