segunda-feira, 21 de julho de 2008

Barbárie

Sei que ainda não atingimos um grau de evolução do aparelho mental, um nível de maturidade, que nos permita, a curto prazo, deixar de apreciar a brutalidade e deixar de ser sensíveis às emoções mais primárias que ainda aprisionam os Humanos. Uns mais do que outros.

Também nesta matéria a Arte, a Cultura, a Criatividade e a Imaginação podem desempenhar um papel importante para o desencadear e o desenvolver de novos mundos interiores do Homem que permitam a catarse às pulsões mais básicas.
Cientes destas circunstâncias, tem de perceber-se também que esta prática, a tortura de um animal, para além de outros aspectos de ordem comercial , é um importante modulador comportamental e emocional, tanto individual como colectivo. De novo mais para uns do que para outros.
O que não se pode aceitar é que, à revelia do mundo mais desenvolvido, em Portugal se continuem a usar os meios de todos para estimular e disseminar a bestialidade de poucos.
A RTP, no passado Domingo, prestou um péssimo serviço à Humanidade e a Portugal ao transmitir mais uma tortura de toiros em cativeiro.

Por eles, responsáveis da RTP, que não sabem o que fazem, lastimo a forma grotesca como alguns continuam a tratar os animais e peço desculpa a todas as crianças!

5 comentários:

FMSá disse...

Subscrevo!

Carlos_W disse...

Eu não subscrevo e acho ridículo este texto lamechas sobre touradas e criancinhas...

Violência é, por exemplo o que se passa todos os dias na estrada com comportamentos agressivos de muitos condutores, e com os miúdos dentro dos carros a assitir nas cadeirinhas (quando as têm).

Violência é ver no telejornal mais um atentado onde morreram dezenas de pessoas e reparar nos pedaços de corpos que as câmeras mostram descontraidamente... sem bolinha!

O autor do texto confunde tourada à portuguesa com tourada à espanhola e coloca imagens choque de touros (à espanhola). Sejamos rigorosos! Em Portugal a realidade é outra! Em Portugal os touros não são picados e não sangram assim abundantemente. E porque não vão fazer campanha à porta de uma praça de touros em Espanha? Isso é que era coragem...

Aprendam a respeitar as tradições portuguesas e, para não serem chamados de ignorantes, vão assistir a uma que seja ao vivo e depois comentem com conhecimento de causa.

Hélder Ribeiro disse...

O que vale a alguns é que as tradições se vão abandonando na razão directa da evolução da inteligência. Se a variação fosse na razão inversa teríamos já por aqui um rico candidato à guilhotina ou até a ser apedrejado e queimado vivo na praça pública.

Mas, felizmente, que a tradição já não é o que era... Quanto ao resto já foi dito: quem tem,tem. Quem não tem, não tem!...

Carlos_W disse...

Na falta de argumentos... ainda bem que o hr até é um ser inteligente... um dia poderá deixar de ser ignorante. Mas vá disfarçando que a maioria apedrejadora não nota...

Já agora, de cada vez que comer um enchido pense, por momentos, no sofrimento do porco e depois... vá lavar as mãos que a papinha arrefece.

Hélder Ribeiro disse...

Caro Carlos w,
A proposta que este espaço apresenta não pretende ser inovadora, pretende apenas ser própria: Um espaço em que os interventores (internos e externos) estão obrigados aos mesmos deveres – e se se cumprirem os deveres para com o outro os direitos de cada um estão salvaguardados – de expressarem ideias, opiniões, relatar factos, etc., o mais possível com recurso a comportamentos ditos assertivos [da psicologia - somos assertivos quando expressamos os nossos pensamentos, a nossa própria opinião, os nossos sentimentos e crenças de maneira direta, honesta e apropriada, de modo a não violar o direito das outras pessoas; aceitando o ponto de vista dos outros, não culpabilizando os outros, escutando o que têm para nos dizer, sendo capazes de mudar de opinião e apresentando soluções].
A minha opinião sobre a tourada está implícita no título do post – Barbárie; a minha opinião sobre os deveres da televisão pública, RTP, é clara também; os sentimentos que partilho são meus; termino, propondo um caminho diferente: Cultura.
Este é o meu pensamento que aqui convosco partilho sobre temas decisivos e que se interligam.
É isto, simplesmente, que também esperamos de si Carlos w, nem que seja só para não dar razão àqueles que nem sequer lhe respondem.
Finalmente lhe digo, o sentimento que me ocorre quando como carne de algum animal é o mesmo que me invade quando, mesmo timidamente, me tentam insultar: compaixão.