quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Cobertura Jornalística "Folgosa, da Maia?!..." - Público Louvor


Em Dezembro de 2008, no post "Folgosa, da Maia?!...", a respeito do apetrechamento com cantina da Escola de Vilar de Luz e das comemorações do centenário da Escola da Igreja de Folgosa, referi que, tanto quanto sabia na altura, "Pena é que o evento não tenha tido, in loco, cobertura jornalística!...".

Mais tarde, constatei que afinal tinha estado um jornalista, no caso do Maia Hoje, a cobrir o acontecimento. De facto, quem como eu esteve no local e participou nos eventos em apreço, ao ler a peça produzida pelo Jornalista António Armindo Soares, «É necessária uma nova escola», reconhece-a como fidedigna, pela abordagem sóbria e realista, politicamente isenta e, portanto, profissional.

Num contexto tão castrante que se vive nalguns sectores da Maia, pela asfixia que o poder político dominante permanentemente exerce sobre a sociedade civil, são de enaltecer e reconhecer as boas práticas.

O meu público agradecimento e louvor ao Maia Hoje pelo Serviço Público que assim presta e ao Senhor Jornalista pelo profissionalismo que patenteou!

2 comentários:

Anónimo disse...

Estimado leitor Hélder Ribeiro, Caros bloguistas:

Tendo hoje tomado conhecimento deste "post", bem como do anterior, sou por este meio a agradecer as palavras atentas, de apreço, que hoje em dia, face ao nosso trabalho são raras. Naturalmente sempre foi mais fácil criticar do que elogiar.
Sabemos também pela nossa experiência que nestas alturas, os partidos políticos, sem excepção, viram-se para a imprensa como “bode expiatório” do seu parco trabalho. Essas críticas já começaram, mas já estamos habituados.
A titulo de exemplo, nas ultimas eleições, elementos de um partido criticaram a imprensa local «por dar muita importância ao “corta-fitas”» desta época, mas esses mesmos senhores(as), como o comprovam os registos fotográficos, nem uma semana volvida, estavam nesses mesmo eventos a bater palmas. Mas haveria muitos mais exemplos para dar, mas não somos políticos e não nos compete essa função.

Cumpre-me no entanto esclarecer um pouco a realidade da imprensa no nosso Concelho.

1º Enquanto que noutros Concelhos como Matosinhos (com cerca de 5 publicações regionais), Vila Nova de Gaia (com cerca de 8 publicações regionais) e muitos outros, alegadamente as respectivas autarquias subsidiam TODAS as publicações nomeadamente nos custos de papel e comunicações (previstos inclusive na Lei, mas não obrigatórios), na Maia, pelo menos no MaiaHoje (creio que nos outros também não), tal não se passa, nem a nível autárquico, nem a nível estatal.
Neste contexto, como devem calcular, é-nos difícil efectuar o nosso trabalho como desejaríamos e creiam-nos que o sabemos fazer e bem.

2º O Jornal MaiaHoje tem, até hoje, salvo raras excepções, efectuado a cobertura de TODAS as iniciativas de que teve conhecimento até à data, sendo desde há muitos meses, mesmo mais de um ano, o ÚNICO jornal que tem jornalistas a fazer, de forma sistemática, este tipo de reportagens ao fim-de-semana. Façam uma resenha desse trabalho e facilmente se verificará a veracidade desta afirmação.

3º É-nos também difícil acompanhar agendas como a do senhor presidente da Câmara que muitas vezes tem na agenda 10-12 eventos num dia. De salientar que também muitas vezes esta é a única forma de tomarmos conhecimento de alguns eventos. Ora se não temos informação antecipada também não podemos fazer cobertura do evento. Por outro lado não falhamos nunca qualquer evento político da oposição para o qual tivéssemos tido conhecimento.
É por este motivo também para nós seleccionar imagens, porque não é correcto em cada página aparecer a figura do senhor presidente da câmara. Creiam os nossos leitores que todos os possíveis são efectuados para "evitar" esta situação que para nós jornalistas nos parece comprometedora, mas impossível de fazer melhor.

4º Este tipo de cobertura de eventos é elaborado com elevado sacrifício financeiro da empresa (que não usufrui de subsídios estatais ou municipais) e pessoal dos nossos profissionais que tem esposa e filhos em casa, quando a maioria destas iniciativas são ou à noite ou ao fim-de-semana, ou mesmo ambas.
Para conhecimento, é para nós normal, muitas vezes termos mais de 10 iniciativas num sábado, tendo que recorrer a colegas "freelancers" e colaboradores que prestam um importante serviço à comunidade e de que ninguém fala.

5º Actualmente, face à falta de verbas, inexistência de subsídios e crise económica instalada é-nos impossível fazer melhor.

6º Asseguramos no entanto aos nossos leitores e aos maiatos em geral que o MaiaHoje continuará a respeitar o código deontológico da profissão, o seu estatuto editorial, os seus princípios de independência e rigor até que alguém nos cale.

7º É certo que as pessoas tendem e com razão, a considerar o nosso trabalho como um serviço público, porque o fazemos com essa consciência, mas também é verdade que nem autarcas, nem muitos populares ajudam a criar condições para melhorar os nossos serviços. Creio até que não há nenhum organismo público que se tenha dado à "grande despesa" de contribuir com os míseros 10 euros que solicitamos para uma assinatura anual.
Já agora complemento a informação que o único partido político que nos dá o prazer de assinar e pagar o MaiaHoje é o Bloco de Esquerda.

Grato pela atenção, desculpem o "tempo de antena" e o desabafo e nunca é demais agradecer ao senhor Hélder Ribeiro.

Artur Bacelar
jornalista
director de informação
jornal MaiaHoje

Hélder Ribeiro disse...

Estimado Jornalista e Director Artur Bacelar,

Em nome do CATASSOL, conscientes também das circunstâncias (todas!) que escalpeliza, tentaremos contribuir, na medida das nossas possibilidades, para que o Maia Hoje continue a cumprir a sua importante missão a bem da sociedade e da região.

Muito Obrigado.