domingo, 3 de agosto de 2008

Que Ambiente e que Saúde na Maia?

O facto: A Maia está entre os concelhos que registaram as taxas mais elevadas na mortalidade por Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e na mortalidade por Neoplasias dos Brônquios e dos Pulmões (in Maia Primeira Mão).
Esta é uma das conclusões extremamente inquietantes, divulgadas dia 13 de Maio do corrente ano e mais recentemente noticiadas na imprensa local, da investigação científica “Análise da Mortalidade e dos Internamentos Hospitalares por Concelhos de Portugal Continental”, desenvolvida por investigadores de renome e suportada pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e a Fundação Merck Sharp & Dohme.
Trata-se, efectivamente, da primeira de três fases que o estudo prevê, a análise geográfica dos factores ambientais e socio-económicos em saúde, em que se caracteriza a distribuição geográfica da mortalidade e dos internamentos hospitalares verificados por concelhos de residência, em Portugal Continental. Tal como se refere no início, uma das constatações do estudo, que nos diz directamente respeito, é que o concelho da Maia é um dos mais prevalentes, a nível nacional, na mortalidade devido a doenças pulmonares graves e cancros malignos.
A segunda parte do estudo, a decorrer ao longo do presente ano, pretende avaliar se a variação concelhia da mortalidade e dos internamentos hospitalares pode ser parcialmente explicada pela exposição da população a factores ambientais geograficamente diferenciados, pela variabilidade geográfica de factores sociais e económicos ou ainda pelos desiguais estilos de vida das populações.
Enquanto ficamos à espera desses resultados e face à realidade já identificada, particularmente preocupante para o nosso concelho, o centro de gravidade do problema coloca-se, desde já, nas áreas da saúde e do ambiente. Ainda mais quando se sabe que a Maia terá um dos mais elevados índices de capacidade instalada em termos de rede de transporte de energia eléctrica de muito alta tensão, de estações de base de telemóveis, de outras antenas de rádio e de emissão de metais pesados provenientes da indústria siderúrgica.
A conclusão (intermédia): Nestas circunstâncias, os cidadãos da Maia esperam que as autoridades tomem medidas imediatas, no mínimo, de cariz preventivo e paliativo através: (i) da monitorização continuada de radiação electromagnética no concelho, em sectores como a electricidade e as telecomunicações móveis bem como das emissões poluentes de outros agentes; (ii) do incremento da rede de serviços públicos de cuidados de saúde disponível, de modo a dar resposta célere aos cidadãos já afectados.
(in Maia Primeira Mão, 25 de Julho de 2008, pág. 2)

2 comentários:

Unknown disse...

Esta notícia é inquietante. Como munícipe maiato só espero é que a os responsáveis camarários estejam atentos. na verdade nem sei bem quem são os vereadores dos pelouros da saúde e do ambiente mas o próprio presidente deve dar alguma explicação às pessoas. é o mínimo que espero do eng Bragança fernandes. e estou à vontade para dizer que concerteza ele não nos desiludirá pois votei nele.

Hélder Ribeiro disse...

A questão que ora se coloca é exactamente essa: que monitorização está a ser feita, pelas autoridades locais, da qualidade ambiental, nomeadamente em relação à radiação electromagnética e emissão de poeiras metálicas?