Porque não discutir o assunto, pergunto eu?
Será este, porventura, um assunto tabu num país que tem uma das leis mais vanguardistas em relação ao aborto?
Num país em que se discutem abertamente temas como a morte medicamente assistida, vulgo eutanásia?
Num país que se prepara para admitir casamentos entre pessoas do mesmo sexo?
Num país onde se torturam e matam animais só para gáudio dos instintos mais primários do animal Homem?
Quando será Portugal capaz de ultrapassar o síndrome do “Cabo da Boa Esperança” da sua própria intelectualidade?
2 comentários:
Caro Hélder,
Embora tendo compreendido inteiramente o fundamento que lhe subjaz, sou obrigado a discordar deste seu entendimento. Num país como o nosso bem como em qualquer outro, não julgo ser admissível nem útil, discutir algo de tão estrutural como é a Forma de Governo de uma nação. Digo isto pois repudio o regresso a uma forma governativa que privilegia desde logo a transmissão dos lugares de chefia de pais para filhos, cerceando algo de tão básico e primário para a democracia com é o acto eleitoral.
Entendo que vivemos momentos em que a Democracia e a própria Republica tem de ser repensadas. Mas sempre numa óptica de responsabilização do Politico, do Cidadão e da revisão de algumas das características dos nossos regimes. Nunca pondo em causa a estabilidade estrutural plasmada na nossa forma de Governo.
A solução, entendo, não é negar a Republica, é entende-la e pratica-la.
Acresce ainda que, conforme todos podemos aferir, as estruturas monarquicas nos paises que ainda as ostentam mais não são do que figurinos com um papel quase decorativo. Mesmo que não o sejam de forma assim tão acentuada, pergunto qual seria a utilidade de se implementar entre nós a Monarquia. Confrme disse, seria mesmo por aí que passariam a resolução de alguns dos nossos estruturais problemas?
Já agora convido à leitura - http://sociedadededebates.blogspot.com/2009/10/republica.html
Cumprimentos,
As questões (algo cáusticas, reconheço) que formulo são também por estar certo “que vivemos momentos em que a Democracia e a própria República têm de ser repensadas”.
Por isso, caro jünger, o desafio é mutatis mutandis.
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