Leu-se no Primeira Mão da semana passada que há uma jovem, em fim de mandato, que acha fastidioso e incómodo, uma perfeita maçada, as coisas nos partidos funcionarem pelo processo democrático (e estatutariamente definido) também na escolha dos candidatos.
Para quê tanto trabalho?
Apresentar lista, dialogar com os militantes, submeter-se a votação, ser possível ganhar ou perder. Ai!!! Perder, isso é que nunca!
Ufa, mas que canseira e que desperdício!
Para a jovem não é assim que funciona. As coisas têm de ser como ela quer!
E ponto final, senão…
…Ela demite-se.
Ah, pois é! Ela demite-se! Ou se faz o que ela quer ou ela demite-se de todas as listas no Partido!
E dos cargos que o Partido lhe deu, também deles se demitirá?...
Diz no jornal que a sua posição é inamovível – i na mo ví vel, bela palavra – e que garante total solidariedade ao “eleito”, vá ele pelo PS ou como independente.
Se, para alguns, isto poderá parecer bizarro a mim parece-me uma notícia de grande coerência política. É sabido que a dita jovem fez a sua carreira política à sombra de Narciso Miranda e agora, naturalmente, talvez queira arranjar pretexto para integrar a lista de independentes contra Guilherme Pinto.
Donde, ao defender também uma lista de independentes a Gueifães só pode ser para a inserir no movimento de Narciso Miranda que é contra o PS e contra José Sócrates.
E se independentes nunca me convenceram, que melhor maneira para terminar do que citar um insuspeito e aguerrido adversário político:
“É esta ausência total de coerência e de verdade que põe em causa a crença na Democracia e nos partidos políticos, ao transformarem a Política num mero jogo manipulador da conquista do Poder a qualquer preço. A Responsabilidade é a outra face da Liberdade. Quem não domina os seus instintos e ambições mais primários, normalmente torna-se agente de comportamentos irresponsáveis e não pode gozar de Liberdade, ficando prisioneiro de um determinismo natural ao perder o controle da vontade. Estas situações são, infelizmente, cada vez mais frequentes. Por consequência a exigência de ética na política, sempre foi, e continuará a ser, a minha primeira preocupação.
Já não sou propriamente um jovem, mas preocupa-me muito o futuro da Juventude, sobretudo quando os jovens ficam prisioneiros de falsos valores e de interesses pessoais, que são a negação dessa nobre actividade do Espírito que é a Política como serviço público.
Os mais velhos têm a obrigação moral de serem exemplos edificantes para os mais novos.” (Mário Moreira Duarte)
Nem mais!
FIM
Há 5 anos
1 comentário:
Mas, responadam-me pf:
A jovem de que se fala quando opinou sobre o assunto estava na posição vertical ou horizontal?...
É que, para ser levada a sério, esse esclarecimento é vital...
Enviar um comentário