Do que é público, a actuação do Meritíssimo Juiz Rui Teixeira foi e continua a ser um feliz exemplo do que os cidadãos esperam e querem da Magistratura, dos Tribunais, da Justiça - que se assuma plenamente como um Órgão de Soberania, que é. Aplicando a justiça de olhos vendados, ou seja, exercendo o poder que lhe assiste de modo igualitário, esteja em causa um alto dignitário da nação ou um sem-abrigo sem nome.Ao correr da pena, também não posso deixar de referir que, para além das advertências de que foi alvo, depois do processo "Casa Pia", pelo Conselho Superior de Magistratura, mesmo às vezes ao arrepio da opinião dos próprios instrutores do processo, sempre que deixava algumas (muito poucas) palavras aos jornalistas, espero que o Governo de Portugal já tenha pago a Rui Teixeira os vencimentos em atraso relativos ao tempo em que exerceu funções em Timor.
Sabendo-se que foi este um dos motivos que o fez regressar e, ainda, que dos quatro magistrados judiciais portugueses destacados em comissão de serviço em Timor, Rui Teixeira foi o único a quem o Ministério da Justiça não pagou o vencimento, digo, também como nota de rodapé a este exemplo: cidadania, participação e intervenção de todos, precisa-se!
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