O regresso dos Catecúmenos, pela iniciação de Adultos em-Cristo e na-Igreja, se encarregará de renovar a Quaresma na sua verdadeira função, capaz de restituir à celebração anual da Páscoa, que se projecta no Pentecostes, o sentido cultural e pastoral autêntico.
Que foi o Cristo Jesus fazer ao Deserto onde durante 40 dias (quadragésima > Quaresma) enfrentou as causas do Desastre que fez da Terra, criada para ser um paraíso, o Inferno e a des-Graça que ainda hoje reinam entre as pessoas e as nações? Sim, foi denunciar as verdadeiras causas do mal-do-Homem: a Idolatria mãe de todos os males, e diante da qual o povo de Israel tantas vezes sucumbiu no Sinai onde durante 40 anos se enterrou e à qual durante a sua complicada história repetidamente sucumbiu.
A tentação do Pão, a tentação do Ouro. e a tentação da Vaidade. As guerras do Pão, as adorações do Dinheiro, e as pompas do Mundo. Mentiras, que é preciso afrontar e enfrentar, para as desmascarar, na sua máxima fabulação histórica: Satanás, ou o Diabo, pai de todas as mentiras, ele próprio a maior mentira, mentira histórica, expressa na Idolatria, a mãe de todos os males, que nos perturba o acesso aos Bens criados para o nosso Bem.
A Idolatria começou logo pelo falso conhecimento, a Gnose-de-nome-mentiroso, o saber sem sabedoria, isto é, a ciência sem consciência, que inventou as máquinas de guerra em cultos e culturas de Morte, desertificação da Terra que nos foi dada para fazermos o Paraíso, e que, além de ter reduzido tudo a cinzas e a um deserto, instaurou entre as pessoas e as nações a Lei da Selva: nos dias que correm uma lixeira imensa que envenena os próprios alimentos da Vida. Nos dias que correm, de caras, na mais cruel das constatações e detecções, o poder do Dinheiro que põe toda a gente de rastos e que nos arrasta para o Desastre final à vista, aí está a envenenar a própria Economia, impedindo-a de usar os Meios, que se multiplicam a esmo, à luz dos Princípios e dos Fins. É a 25ª Hora? A hora depois da qual já não há tempo para remediar seja o que for?!... Se assim é, se assim fosse, é ou seria a hora de levantarmos a cabeça, a hora (que ninguém sabe, ninguém conhece) da Vitória Final. A Graça tem outras horas, as horas da Graça, todas da Fé e da Esperança, do Amor que é mais forte que a Morte!
Agora, nesta hora, trata-se de abrir os olhos e de estender as mãos para experimentar e verificar o Estado do Mundo. Diante de nós estão as relíquias desgraçadas do Desastre, visíveis no Deserto, à vista desarmada: as cinzas do Desastre, por onde Israel passou mas não percebeu, e que à Igreja foi eloquentemente explicado no meio da aridez pelo Cristo Jesus naqueles 40 dias, aquela 1ª Quaresma (quadragésima ou quarentena) que iniciou as vitórias que ao povo do Novo Testamento arrancou hossanas de glória, de vitória em vitória até à Cruz, a bandeira da Vitória Final que demoliu o Muro do Ódio e rasgou o decreto da nossa condenação, vitória consumada pelo Cristo Jesus e a estender ao Mundo inteiro nos e pelos membros do seu Corpo, corpo de Cristo, a Igreja de que Ele é a cabeça, Ela que é a plenitude d’Aquele que preenche tudo
Com um coração renovado, na noite e no dia de Páscoa, que inaugura o 8ºDia, o primeiro dia de uma Nova Criação, cantaremos Alelúia! Desde o Hossana! ao Alelúia! vai já toda a alegria das sucessivas vitórias dos Santos, que passaram das Trevas à Luz, do Pecado à Graça, da Morte à Vida. Ressuscitaremos novos do Desastre!
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