quarta-feira, 17 de julho de 2013
"O valioso tempo dos maduros"
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!"
Mário Pinto de Andrade
Escritor e político angolano, de nome completo Mário Coelho Pinto de Andrade.
(1928-1990)
sábado, 13 de julho de 2013
(re)abertura
Reiniciamos a todos saudando, tanto aqueles com quem já comunicávamos como aos outros que ainda virão.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Pausa

Até um dia destes.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Na verdade este modo de fazer política no PS Maia é muito peculiar e o seu modelo de funcionamento tem a marca do fundador.
Se numa fase de expansão e afirmação era fundamental dividir para ganhar, o tempo hoje exige seriedade e concentração.
Refundar o PS Maia implica atenuar a marca da fundação e requer um novo pólo de acção mais livre e desprendida dos cargos e dos lugares que se desejam por vaidade ou por afirmação egocentrica.
Definitivamente a mudança passa pela militância responsável dos próprios militantes.
Quando o comportamento dos que nos representam é exposto tal qual os nossos adversários políticos o referênciam: "Como é possível que um líder que é eleito por maioria absoluta dos militantes seja desconsiderado por uma minoria...", bom seria que colocassem os lugares à disposição.
Qualquer modelo democrático viciado tende a fascisante, não é à toa que o Churchil afirmou que a democracia é o pior dos modelos exceptuando todos os outros.
O PS Maia e a própria Maia vivem reféns desta realidade.
Tenha o Hélder Ribeiro coragem e determinação para aguentar estas e outras afrontas.
sábado, 1 de maio de 2010
Mãe 13 de Maio
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade, in 'Lição de Coisas'
quarta-feira, 28 de abril de 2010
PS Maia – A vitória de um projecto transparente e mobilizador
Hélder Ribeiro ganhou as eleições para a Comissão Politica e Concelhia com maioria absoluta (28 mandatos contra 17).
Foi a afirmação clara de um novo PS com novas práticas, cultivando a solidariedade e os valores essenciais do ideário socialista.
O acto eleitoral foi muito concorrido o que, por si só, demonstra bem a pujança deste novo PS. Na Secção de Pedras Rubras votaram 80% dos militantes.
Foi a vitória daqueles que fazem opções, assumidas sem tergiversar, para ganhar ou para perder, em torno de um projecto e de uma liderança que disputa os votos do eleitorado militante sem escamotear o essencial, sem hesitações, sem subterfúgios, numa disputa de alternância democrática, tão saudável em democracia.
Foi a vitória de um projecto que manifestou o apoio inequívoco a Renato Sampaio para a Federação do Porto e a José Sócrates como timoneiro das hostes socialistas e do país.
Foi a vitória de um projecto claro e transparente. Foi a vitória de um projecto que conhece os militantes um a um e com eles se relaciona, que conhece os problemas que afligem os conterrâneos, que conhece as dificuldades que o concelho atravessa e que as freguesias sentem.
Foi a vitória de um projecto plural fundado em cima de um manancial de experiência militante, adquirida ao longo de muitos anos a servir o partido e a comunidade.
Foi a vitória de um projecto que traça um caminho, define um rumo e se mostra capaz de mobilizar o melhor que o PS Maia tem. Um caminho e um rumo que faça de novo acreditar aos eleitores da Maia que o PS tem capacidade para governar o concelho e retirá-lo do marasmo em que a gestão desastrosa, sem visão e sem chama do PSD o colocou ao longo dos últimos anos.
Sabemos que nos espera uma tarefa muito difícil mas não nos falta força anímica, vontade de afirmação e esperança no futuro. Queremos contar com todos aqueles que assumam esta praxis partidária, acreditem nos valores do Socialismo Democrático que norteiam a nossa acção política e partilhem connosco do fundado e genuíno entusiasmo de que somos capazes de gerar soluções em que os maiatos acreditem.
A Maia vai de novo poder contar com o PS.
Agradeço a todos o empenhamento demonstrado nestas eleições.
Contem connosco. Vamos trabalhar, é isso que sabemos fazer melhor.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Monumental Noite de Fados - FDUP, 2010.04.20

segunda-feira, 19 de abril de 2010
Filarmonia - Europarque (Sta. Maria da Feira), 2010.04.18
A Filarmonia, festival de bandas filarmónicas que decorreu ontem no Europarque,

domingo, 18 de abril de 2010
E depois de 17/04/2010
Tu conheces como ninguém as dores da luta, sentiste ao perto e ao longe a inveja e a maledicência, aguentaste a pressão de modo exemplar, mantiveste a verticalidade e foste leal à parceria que construíste, mas o mais difícil está a chegar.
Ser Presidente da CPC nesta maioria absoluta é uma responsabilidade tremenda, acomodar as expectativas sem romper os equilíbrios é uma tarefa …
A realidade deste nosso PS Maia é muito complexa e tem sido marcada por equilíbrios de exclusão.
Os “restos quentes” do passado próximo e as expectativas do presente fazem do cargo que ocupas o lugar mais pesado da militância.
Amigo e Camarada temos muito que fazer, por isso conta comigo.
Abraço
AE
quarta-feira, 31 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Cinema - Sala Venepor

Data/Hora: 27 de Março de 2010, 21h30
Filme: Mar Adentro
Realização: Alejandro Amenábar
Argumento: Alejandro Amenábar e Mateo Gil
Com: Javier Bardem, Belén Rueda, Lola Dueñas, Mabel Rivera e Celso Bugallo
Óscares 2005: Melhor Filme Estrangeiro
Espanha 2004 125' cor 2.35 : 1 Dolby Digital
Sinopse:
Ramon Sampedro fora marinheiro e assim dera a volta ao mundo. A sorte deixou-o tetraplégico ainda jovem, preso num corpo inerte e inútil para ele. Tão incapaz de dar serventia à vida como de se desfazer dela. De lhe pôr um fim que fosse digno. De o fazer por escolha própria, sua enquanto indivíduo.
Um fim orgulhoso, autónomo, que não fosse um crime nem criasse um criminoso, antes uma solução para aquela existência que não conhecia finalidade. Que não conhecia outra razão para lutar ou outro futuro possível.
Exposição de trabalhos desenvolvidos com os alunos de Escolas Primárias do Agrupamento Gonçalo Mendes da Maia
domingo, 21 de março de 2010
HOMILIA, proferida pelo P. Leonel, 3º Domingo da Quaresma 2010, Capela de Fradelos, 7 de Março
Vamos repetir o mesmo erro, agora muito mais grave, como diz o Apóstolo, que os nossos pais, os filhos de Israel, cometeram diante do Rochedo? Apesar de haver sido em figura, e a realização apenas confirmada em Promessa, em aliança anunciadora de uma outra aliança, Nova Aliança, e já na Lei haver aquela pedagogia que devia conduzir o Povo até à chegada do Cristo, “tudo o que aconteceu aos nossos pais, os filhos de Israel, aconteceu-lhes e foi escrito para nossa instrução”. Sim, para nossa instrução, razão por que na sequência das leituras sempre começamos pelos livros do Antigo Testamento, nós que somos povo do Novo Testamento, “nós que tocamos o fim dos Tempos”.
Porque, apesar de ser em figura, e a realização só vir depois, “o Rochedo era o Cristo”, o Rochedo ferido na Cruz donde brotou, com grande espanto de quem viu e testemunhou... donde brotou Sangue e Água, a Água Viva como de uma fonte.
Num mar de símbolos se diz o Espírito Santo, a Santa Inspiração derramada em nosso coração, a Fonte aberta dentro de nós, a Fonte que nos sacia a Sede insaciável, a Fonte que jorra para a Vida Eterna, a Fonte que dentro de nós nos purifica permanentemente e que dá a cada Cristão, que é outro-Cristo, aquela auto-suficiência que o faz sobre-viver nas piores condições. Razão por que nenhum discípulo de Cristo pode, hoje, desculpar-se com os tempos maus ou com a mediocridade da sua Comunidade... Os Leigos não podem desculpar-se com os Padres, nem estes podem justificar as suas faltas de empenhamento com a apatia, a indiferença e o tédio que devora, como um cancro, as nossas paróquias, até porque isso, que foi o estado-das-Almas nos séculos XVIII e XIX e princípios do século XX, agora já não é verdade: hoje, nos dias que correm, Bernanos teria escrito um outro, muito diferente, Diário de um Pároco de Aldeia, depois do último Concílio Ecuménico.
O Regresso às Fontes renovou as Igrejas de lés a lés, imparável renovação que virou as costas definitivamente ao 2ºMilénio dos nossos descontentamentos, o milénio-da-Crise que no século XX se tornou de-todas-as-Crises... Deixemos para trás os enjoados, os revoltados, ou...os cães raivosos que nos oferecem cisternas rachadas, cisternas vazias, que nos desesperam a Sede e nos enganam a Fome.
É verdade que o ajuste- de-contas ainda não acabou, está longe de acabar. Durante muito, muito tempo ainda, o deve e o haver da Igreja nas suas relações com o Século, relações da Economia da Salvação, nos vai ocupar, e preocupar, tantas vezes ainda nos tirará o sono e assombrará os nossos Nocturnos. Mas é diante de Cristo que a Igreja se justificará: “Tiveste 5 maridos e...” E agora o que tens é o teu Marido, o teu verdadeiro Esposo? Igreja, minha mãe, deixaste definitivamente os teus amantes, tal como a Samaria, que se converteu a Cristo, deixou os 5 ídolos de Baal, Belzebu, o deus-das-Moscas?
É verdade que os teus Bispos já deixaram o tabuleiro do Xadrez, e os que não deixaram estão a ser chutados, assim como os teus Doutores estão a voltar para o Povo... Mas por vezes, entre nós, entre os Portugueses, pareces, Igreja minha mãe, ainda ter saudades dos Teres, Poderes & Saberes, que te fizeram perder a cabeça.
É preciso que a nossa comida seja a comida do Cristo Jesus que tinha mais que fazer do que comer à vista da fome das multidões que corriam para Ele, e à vista dos campos à espera dos ceifeiros para colher o fruto das Sementeiras. Não nos isolemos na auto-consolação quando o Povo precisa de quem o console, de quem o liberte das convenções que são prisões nos sítios que são estados de sítio.
sábado, 20 de março de 2010
Primavera...
Os passarinhos
Tão engraçados,
Fazem os ninhos
Com mil cuidados.
São p’ra os filhinhos
Que estão p’ra ter
Que os passarinhos
Os vão fazer.
Nos bicos trazem
Coisas pequenas,
E os ninhos fazem
De musgo e penas.
Depois, lá têm
Os seus meninos,
Tão pequeninos
Ao pé da mãe.
Nunca se faça
Mal a um ninho,
À linda graça
De um passarinho!
Que nos lembremos
Sempre também
Do pai que temos,
Da nossa mãe!
(Afonso Lopes Vieira)
sexta-feira, 19 de março de 2010
Faleceu o "Nosso Tavares"
Tive a oportunidade de conviver com ele na preparação da moção apresentada pelo Jorge Catarino, quando este foi candidato à Camara da Maia, em 2005.
Dele guardo na memoria a imagem de uma pessoa afável e tolerante.
Endereço um lamento de pesar aos familiares e um bem haja à sua memória.
António Espojeira
domingo, 14 de março de 2010
HOMILIA, proferida pelo P. Leonel, 2º Domingo da Quaresma 2010, Capela de Fradelos, 28 de Fevereiro

Tudo lá está. Tudo, isto é, todos. A Promessa, a Aliança, e os Profetas. Abraão, Moisés e Elias, com os Apóstolos que naquele momento ainda não compreendiam o que acontecia, e depois aconteceu. Sim, era difícil, muito difícil, compreender o valor em Cristo, por Ele e n’Ele, de cada um de nós, começando e acabando nos mais pequenos cuja figura, a verdadeira figura, exigia e implicava a Transfiguração e a nossa plena identificação com o Cristo Jesus.
Agora o sabemos, com o Pentecostes, depois da Inspiração que nos foi dada, tudo se tornou claro, quanto à figura, a real figura que temos, apesar da fraca figura que fazemos… Agora sabemos, pela Fé o sabemos, quanto valemos. Até à Páscoa consumada e ao Pentecostes acontecido, os Apóstolos e com os eles os Discípulos não entendiam, nem a Crucifixão nem a Ressurreição. Para eles a morte de Cristo era impensável, e a Ressurreição inimaginável. Foram dois choques, sopro e contra-sopro: o choque da morte e o choque da ressurreição do Cristo Jesus, qual deles o maior.
Uma das coisas que mais nos choca entre os Católicos portugueses é (ou era?) o grande valor que dão à Quaresma e a pouca (ou nula) importância que dão ao Tríduo Pascal e ao Pentecostes. A inteligência da Fé parece nula entre nós. Ainda não perceberam que, em Cristo, por Ele e com Ele, passámos da Morte à Vida. É o Mistério Pascal unicamente acessível à inteligência da Fé.
A Transfiguração de Cristo revela-nos, antecipadamente, a nossa real figura invisível aos olhos do Mundo que só consegue ver a triste figura com que aparecemos aos olhos de quem não alcança o “Mistério de Cristo, cuja largura e altura, profundidade e densidade, ultrapassam o nosso entendimento”.
Nos dias que correm, em que politicamente (e felizmente) já não temos o poder que tivemos e o lugar que ocupámos no Tabuleiro, um grande número de gente que descolou, e está a descolar, da Igreja, trata-nos como uma simples religião como outra religião qualquer, agora com muito respeito “democrático”, mas sem de facto nos levar a sério.
Este é o momento histórico para nos encontrarmos (ou reencontrarmos) finalmente com Aquilo que somos e fazemos, para ao chegar a hora de o dizermos não nos refugiarmos mais
Ora, o Cristo e Nós n’Ele, por Ele e com Ele, é a chave da História. Que o diga Moisés e Elias, com os Apóstolos. A chave “que abre e ninguém fecha, que fecha e ninguém abre”. A figura que neste momento fazemos não deixa ver a Figura que temos, até porque há muita coisa na Igreja que nos desacredita, isto é, impede que vejam a Graça que há na Una e Santa, a Igreja católica e apostólica. Sim, apesar da síntese que o último Concílio Ecuménico fez num tempo que era de acomodação, muito boa gente altamente colocada tudo faz para nos agravar a triste figura… tentando parecer aos olhos do Mundo com uma simpatia conformada e conformista. O que de facto, entre os Santos, não corresponde à realidade, à real figura da Igreja.
Agradar ao Mundo? Não dá para agradar. Agradar com a Graça e a Verdade, que nos vieram pelo Cristo Jesus, sim. Mas, assim como a luz do Sol só entre nas casas cujas janelas se abrem, também a Graça só entra em quem tem fome e sede de Justiça.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Pequenas coisas...

quarta-feira, 10 de março de 2010
Crónicas da Sala de Espera

Um pouco mais à frente alguém dorme num dos bancos...
A carruagem segue meio vazia…Um homem parece rezar...
Imagino que o ouço, especulando que a oração antecipa uma visita a alguém próximo que o aguarda numa cama do hospital...
É então que invento uma espécie de delírio e visão...ouço-o…Pai Nosso que estais no céu…Tento-me, mas não o acompanho em pensamento…Antes… recordo a voz de uma das personagem do filme a "Barreira Invisível" de Terrence Malick…que vi este fim semana…
Na violência de uma batalha, travada corpo a corpo, um soldado pergunta-se:Esta maldade imensa…De onde terá vindo?(pausa)Imagino o que seria o diálogo entre o soldado americano e o homem no metro que reza…Pai Nosso que estais no céu…Ao que lhe responderia o soldado:
Como é que isto se imiscuiu no mundo?De que semente, de que raíz veio a crescer?Pai Nosso que estais no céu…Quem está a fazer isto?Quem nos está a matar? A roubar-nos a vida e a luz?!O metro pára…O homem que rezava segue viagem…Não vai visitar ninguém...Era talvez só eu que precisava que alguém rezasse por mim antes da enorme batalha que vou travar...Identifico-me com o soldado que interroga os céus, tentanto encontrar um sentido para a violência que vive e testemunha... Já no Hospital...detenho-me em frente de uma porta onde está escrito "Radioterapia"..."
terça-feira, 2 de março de 2010
HOMILIA, proferida pelo P. Leonel, 1º Domingo da Quaresma 2010, Capela de Fradelos, 21 de Fevereiro

O regresso dos Catecúmenos, pela iniciação de Adultos em-Cristo e na-Igreja, se encarregará de renovar a Quaresma na sua verdadeira função, capaz de restituir à celebração anual da Páscoa, que se projecta no Pentecostes, o sentido cultural e pastoral autêntico.
Que foi o Cristo Jesus fazer ao Deserto onde durante 40 dias (quadragésima > Quaresma) enfrentou as causas do Desastre que fez da Terra, criada para ser um paraíso, o Inferno e a des-Graça que ainda hoje reinam entre as pessoas e as nações? Sim, foi denunciar as verdadeiras causas do mal-do-Homem: a Idolatria mãe de todos os males, e diante da qual o povo de Israel tantas vezes sucumbiu no Sinai onde durante 40 anos se enterrou e à qual durante a sua complicada história repetidamente sucumbiu.
A tentação do Pão, a tentação do Ouro. e a tentação da Vaidade. As guerras do Pão, as adorações do Dinheiro, e as pompas do Mundo. Mentiras, que é preciso afrontar e enfrentar, para as desmascarar, na sua máxima fabulação histórica: Satanás, ou o Diabo, pai de todas as mentiras, ele próprio a maior mentira, mentira histórica, expressa na Idolatria, a mãe de todos os males, que nos perturba o acesso aos Bens criados para o nosso Bem.
A Idolatria começou logo pelo falso conhecimento, a Gnose-de-nome-mentiroso, o saber sem sabedoria, isto é, a ciência sem consciência, que inventou as máquinas de guerra em cultos e culturas de Morte, desertificação da Terra que nos foi dada para fazermos o Paraíso, e que, além de ter reduzido tudo a cinzas e a um deserto, instaurou entre as pessoas e as nações a Lei da Selva: nos dias que correm uma lixeira imensa que envenena os próprios alimentos da Vida. Nos dias que correm, de caras, na mais cruel das constatações e detecções, o poder do Dinheiro que põe toda a gente de rastos e que nos arrasta para o Desastre final à vista, aí está a envenenar a própria Economia, impedindo-a de usar os Meios, que se multiplicam a esmo, à luz dos Princípios e dos Fins. É a 25ª Hora? A hora depois da qual já não há tempo para remediar seja o que for?!... Se assim é, se assim fosse, é ou seria a hora de levantarmos a cabeça, a hora (que ninguém sabe, ninguém conhece) da Vitória Final. A Graça tem outras horas, as horas da Graça, todas da Fé e da Esperança, do Amor que é mais forte que a Morte!
Agora, nesta hora, trata-se de abrir os olhos e de estender as mãos para experimentar e verificar o Estado do Mundo. Diante de nós estão as relíquias desgraçadas do Desastre, visíveis no Deserto, à vista desarmada: as cinzas do Desastre, por onde Israel passou mas não percebeu, e que à Igreja foi eloquentemente explicado no meio da aridez pelo Cristo Jesus naqueles 40 dias, aquela 1ª Quaresma (quadragésima ou quarentena) que iniciou as vitórias que ao povo do Novo Testamento arrancou hossanas de glória, de vitória em vitória até à Cruz, a bandeira da Vitória Final que demoliu o Muro do Ódio e rasgou o decreto da nossa condenação, vitória consumada pelo Cristo Jesus e a estender ao Mundo inteiro nos e pelos membros do seu Corpo, corpo de Cristo, a Igreja de que Ele é a cabeça, Ela que é a plenitude d’Aquele que preenche tudo
Com um coração renovado, na noite e no dia de Páscoa, que inaugura o 8ºDia, o primeiro dia de uma Nova Criação, cantaremos Alelúia! Desde o Hossana! ao Alelúia! vai já toda a alegria das sucessivas vitórias dos Santos, que passaram das Trevas à Luz, do Pecado à Graça, da Morte à Vida. Ressuscitaremos novos do Desastre!
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Cineclube da Maia

Filme: O Despertar da Mente (Eternal Sunshine of the Spotless Mind)
Realização: Michel Gondry
Argumento: Charlie Kaufman, Michel Gondry e Pierre Bismuth
Com: Jim Carrey, Kate Winslet, Kirsten Dunst, Elijah Wood, Mark Ruffalo, Tom Wilkinson
Óscares 2005: Melhor Argumento Original, Melhor Actriz Principal
Estados Unidos 2004 108’ cor 1.85 Dolby Digital
Sinopse:
Joel e Clementine eram um casal pouco feliz, talvez há demasiado tempo ou demasiadas vezes ou simplesmente demasiado. O suficiente para Clementine procurar apagar da memória tudo o que se passou, literalmente, desde o mais vulgar objecto à constante lembrança de um nome. O ressentimento de Joel leva-o a submeter-se ao mesmo, dando início ao estranho tratamento.
Numa noite, assiste em tempo real ao esfumar da própria memória, a tudo o que está a perder. E tudo aquilo é demasiado importante para ser esquecido. É como desistir da melhor das lembranças e de toda a esperança de poder guardá-la melhor, ou voltar a vivê-la.
Concerto por Eurico Sá Fernandes, Pedro Santas e João Meirinhos antecedendo a projecção
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Contar carneirinhos...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
só se «morrer»
Paulo Rangel afirma que só se «morrer» é que não cumpre o mandato europeu"
Nós tomamos partido!
Pela democracia, nós tomamos partido
Os primeiros signatários,
Tiago Barbosa Ribeiro e Carlos Manuel Castro
t.b.ribeiro@sapo.pt palavraberta@gmail.com
Porto e Lisboa, 13 de Fevereiro de 2010